Economia

Juiz nega fim de proibição para Citibank pagar juros

O juiz Thomas Griesa negou pedido de Citibank para suspender sua decisão de proibir o banco de pagar os juros dos títulos renegociados da dívida argentina


	Citibank: suspensão possibilitaria a efetivação do próximo pagamento, previsto para 30 de março
 (Divulgação)

Citibank: suspensão possibilitaria a efetivação do próximo pagamento, previsto para 30 de março (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 22h30.

O juiz federal americano Thomas Griesa negou nesta segunda-feira um pedido de Citibank para suspender sua decisão de proibir o banco de pagar os juros dos títulos renegociados da dívida argentina até que sua apelação tramite.

Com uma carta enviada a Griesa na semana passada, o Citibank solicitou que o juiz suspendesse sua decisão até um tribunal de apelações analisar a questão.

A suspensão possibilitaria a efetivação do próximo pagamento, previsto para 30 de março.

Segundo Griesa, o pagamento pela instituição bancária violaria sua decisão a favor dos fundos especulativos que ganharam na justiça o direito de receber 1,33 bilhão de dólares pelos títulos da dívida em moratória.

Até o momento, Griesa autorizou três pagamentos trimestrais do Citibank, mas mantém bloqueado desde julho do ano passado no Bank of New York (BoNY) um depósito de 539 milhões de dólares efetuado pela Argentina para os credores da dívida reestruturada em dólares sob legislação americana e em euro, sob legislação britânica.

Com essa medida, que levou o país à moratória parcial sobre sua dívida renegociada em 2005 e 2010, o juiz americano pretende que sua sentença seja cumprida.

O governo argentino quer limitar o default aos bônus emitidos sob legislação americana. Mas os fundos especulativos NML Capital e Aurelius pedem a Griesa que o mantenha o mais amplo possível, a fim de pressionar Buenos Aires.

O Citibank alertou Griesa que, caso não consiga efetuar os pagamentos, a instituição corre o risco de perder sua licença na Argentina, conforme foi indicado pelo governo de Cristina Fernández de Kirchner, que na sexta-feira passada acusou o juiz de incitar o banco a violar leis locais.

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