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JPMorgan e Goldman Sachs podem ter de vender private equity, diz Bloomberg

Plano do presidente Obama limita investimentos de bancos em empresas privadas e em fundos hedge

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2010 às 11h03.

São Paulo - O anúncio do presidente norte-americano Barack Obama de um plano em desenvolvimento para impedir que os bancos mantenham ou invistam em fundos de hedge ou em empresas por meio de fundos de private equity pode fazer com que grandes instituições financeiras como o JPMorgan e o Goldman Sachs tenham de vender sua parte nesses negócios e interrompam a estratégia de aquisições, segundo a agência de notícias Bloomberg. Representantes dos dois bancos não comentaram o assunto.

Para o Goldman Sachs a situação pode ser pior, pois o plano afetaria os grupos de investimentos financeiros, de renda fixa e de commodities. Uma perda considerável se daria nas aplicações da instituição ao Industrial and Commercial Bank da China, controlada pelo braço de investimentos da instituição, que divulgou receita de 1,17 bilhão de dólares no ano passado.

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De acordo com o presidente Obama, a partir do plano só seria permitido que os bancos fizessem investimentos com os recursos dos clientes, mas não aplicações com fundos da própria instituição. O objetivo do governo é evitar que os bancos se envolvam em operações que possam acarretar em risco para todo o sistema financeiro em caso de alguma dessas instituições quebrar.

No final de 2008, o governo americano foi obrigado a injetar centenas de bilhões de dólares nas maiores instituições financeiras do país para evitar falências. A decisão teve um forte custo político tanto para o então presidente George W. Bush - o Partido Republicano perdeu as eleições presidenciais meses depois - quanto para o democrata Barack Obama, que viu seus índices de popularidade encolherem nos últimos meses.

O desgaste político se agravou com a decisão dos bancos de manter o pagamento de bônus milionários para seus principais executivos neste ano - já que uma parte considerável do dinheiro vinha do próprio contribuinte americano que financiou o resgate dos bancos em 2008.

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