Economia

Jovens são principais vítimas da violência na América Latina

Nas Américas, a taxa de homicídios alcançou nos últimos anos os 25,6 casos para cada 100 mil habitantes

Jovens aguardam atendimento, em um hospital de Tegucigalpa (.)

Jovens aguardam atendimento, em um hospital de Tegucigalpa (.)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2010 às 21h36.

San Salvador - Os jovens são as principais vítimas da criminalidade na América Latina, onde são registrados altos índices de violência, segundo um relatório da OEA apresentado nesta segunda-feira em San Salvador.

"Os países da região hoje apresentam alguns dos índices de criminalidade mais altos do mundo, com os jovens no grupo mais afetado como vítimas e algozes", segundo o informe da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O documento foi divulgado pelo relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), o brasileiro Paulo Pinheiro, e pela representante para a América Central do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Carmen Villa Quintana.

Pela primeira vez em décadas, a delinquência ultrapassou o desemprego como "a principal preocupação" para a população dos países da América Latina, onde as autoridades não desenvolveram um trabalho "eficaz", indica o documento.

Os autores do informe advertem que as instituições do Estado "não desenvolveram as capacidades necessárias para responder de forma eficaz, mediante ações de prevenção e de repressão legítimas do crime e da violência".

A falta de atenção às vítimas da violência e do crime, a privatização dos serviços de segurança, a falta de profissionalismo e modernização das forças policiais, assim como a intervenção das forças armadas em tarefas de segurança cidadã são as maiores "debilidades" institucionais, segundo a CIDH.

Nas Américas, a taxa de homicídios alcançou nos últimos anos os 25,6 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto na Europa a taxa é de 8,9 homicídios, no Pacífico Ocidental de 3,4 e na Ásia Sul e Oriental, de 5,8.

Entretanto, "se a análise se voltar, apenas, para os setores de renda média e baixa da população, a taxa média de homicídios na região sobe para 27,5/100.000", enfatiza a CIDH.

A lista é encabeçada pelo Caribe, com 30 homicídios para cada 100 mil pessoas, seguida pela América do Sul, que conta com 26/100.000.

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