Economia

João Doria, Alcolumbre e Maia fazem coro e defendem reformas nos EUA

Governador de São Paulo e presidentes do Senado e da Câmara encontraram-se com investidores em Nova York

Para Doria, as autoridades mostraram que a vontade de avançar nas reformas não é só do governo, mas também do Congresso, da Justiça e do setor produtivo do país (José Cruz/Agência Brasil)

Para Doria, as autoridades mostraram que a vontade de avançar nas reformas não é só do governo, mas também do Congresso, da Justiça e do setor produtivo do país (José Cruz/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 13 de maio de 2019 às 21h48.

Nova York — Os presidentes do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defenderam as reformas econômicas propostas pelo governo federal em um evento com investidores realizado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Maia explicou em entrevista coletiva que as principais lideranças do Congresso e da Justiça decidiram comparecer ao evento, promovido pelo Bank of America no início da chamada Semana Brasileira em Nova York, para deixar claro o apoio os projetos de reforma propostos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

"É importante participar para mostrar aos investidores como está o desenvolvimento das pautas mais importantes para o país, principalmente a reforma da previdência", disse Maia.

O presidente da Câmara também destacou a importância de mostrar aos investidores que a democracia brasileira está firme.

"Não só a reforma da previdência, mas também o sistema democrático é uma variável importante para qualquer investimento a longo prazo", ressaltou o deputado do DEM.

Maia citou como exemplo a fuga de investimentos na Venezuela quando os empresários perceberam que a democracia já não estava funcionando plenamente no país.

"Quando você vê que um evento como esse tem a participação do presidente do Senado, do presidente da Câmara, do Supremo Tribunal Federal e de governadores como o de estado de São Paulo, estamos dizendo que as instituições estão funcionando no Brasil", afirmou, citando, além da presença de Alcolumbre e a própria, também as de João Doria e Dias Toffoli, respectivamente.

Segundo Maia, a união mostra que as instituições estão garantindo que as reformas aprovadas pelo Congresso serão respaldadas no STF.

Maia descartou a hipótese dessa mensagem de união ter sido prejudicada pela ausência de Bolsonaro, que suspendeu a visita a Nova York após as declarações do prefeito da cidade, Bill de Blasio.

Para o presidente da Câmara, todos os investidores já sabem quais são as prioridades do governo federal.

"Não é um mau sinal, porque os investidores estão sempre no Brasil e sabem que a ausência dele é apenas na reunião, e não uma falta de compromisso com a agenda (de reformas)", explicou.

O deputado ainda argumentou que Bolsonaro poderá defender os projetos durante a visita que realizará nesta semana a Dallas, no estado do Texas, onde encontrará com investidores.

Maia previu que a reforma da previdência ainda demorará para ser aprovada já que precisa ser debatida no Congresso. No entanto, descartou qualquer chance de o país seguir com o atual sistema.

"Ela tem que ser aprovada", frisou.

Alcolumbre concordou com o presidente da Câmara e destacou o apoio dos diferentes líderes "ao Brasil que estamos construindo".

"Estamos aqui representando o parlamento brasileiro e mostrando aos investidores que o Brasil vai se transformar em um país que tem condições de equilibrar suas contas públicas, de gerar emprego, de ter competitividade e de desburocratizar o sistema", afirmou.

O governador de São Paulo, João Doria, seguiu a mesma linha e disse concordar com os cerca de 100 investidores internacionais e brasileiros que participaram do evento que a presença dos presidentes da Câmara, do Senado e do STF foi importante para mostrar o amplo apoio que as reformas têm no Brasil.

"(A presença) mostrou que há consenso de que podemos avançar na reforma da previdência e em outras reformas", disse Doria.

Para Doria, as autoridades mostraram que a vontade de avançar nas reformas não é só do governo, mas também do Congresso, da Justiça e do setor produtivo do país.

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