Economia

Japoneses pedem que EUA limitem uso de milho para etanol

No primeiro pedido desse tipo, os grupos japoneses pediu a Washington para considerar uma renúncia de dois anos no mandato de etanol


	Colheita de milho: a proporção de milho de origem norte-americana no total das importações japonesas de milho caiu para 83 por cento 
 (Delfim Martins/EXAME.com)

Colheita de milho: a proporção de milho de origem norte-americana no total das importações japonesas de milho caiu para 83 por cento  (Delfim Martins/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 19h28.

Tóquio- Os seis principais grupos de compradores de milho no Japão, país que mais utiliza o grão no mundo, pediram aos Estados Unidos, maior fornecedor mundial, que reduzam o uso de milho para a produção de etanol, para aliviar a escassez de oferta devido à pior seca em 56 anos no território norte-americano.

No primeiro pedido desse tipo, os grupos japoneses, incluindo a Zen-Noh, maior cooperativa agrícola do país, pediu a Washington para considerar uma renúncia de dois anos no mandato de etanol para frear a alta nos preços de milho norte-americano.

"Este (aumento no preço) colocou grande pressão sobre as indústrias japonesas para buscarem fontes alternativas de milho e grãos substitutos", disseram os grupos em carta de 7 de setembro ao secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack.

"Isso pode levar potencialmente a uma perda de fatia no mercado de exportação para os produtores norte-americanos a longo prazo." Os grupos ainda não receberam resposta, disse uma fonte da indústria que não quis ser identificada, pois não tinha autorização para falar com a imprensa.

Preços mais altos do milho norte-americano levaram compradores japoneses a importarem trigo de fora dos EUA mais barato neste ano, reduzindo consequentemente suas importações de origem dos EUA para 8,31 milhões de toneladas nos oito primeiros meses do ano, 15 por cento abaixo do ano passado.

A proporção de milho de origem norte-americana no total das importações japonesas de milho caiu para 83 por cento entre janeiro e agosto, contra 95 por cento há um ano.

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