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Japão mantém juros e não adota novas medidas de estímulo

O Banco do Japão anunciou nesta sexta-feira que manterá as taxas de juros no baixíssimo nível entre 0% e 0,1%

Sede do BoJ em Tóquio: o Banco do Japão indicou em julho que espera que a terceira maior economia do mundo cresça 2,2% neste ano fiscal (Kazuhiro Nogi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 08h33.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) anunciou nesta sexta-feira que manterá as taxas de juros no baixíssimo nível entre 0% e 0,1% em que estão desde 2010 e que não adotará novas medidas de flexibilização monetária.

A entidade decidiu manter o tamanho de seu programa de compra de ativos, seu principal instrumento para injetar liquidez ao sistema, após ampliá-lo no mês passado para 80 trilhões de ienes (US$ 1,01 trilhão).

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Em seu relatório mensal, o BOJ destaca o "alto grau de incerteza" que caracteriza o panorama econômico global atualmente perante a crise de dívida na Europa, o incerto ritmo de recuperação dos Estados Unidos e a instabilidade dos preços em muitas economias emergentes.

A este respeito, o documento indica que "as economias estrangeiras entraram ainda mais em uma fase de desaceleração", o que "debilitou relativamente" as exportações e a produção industrial no Japão.

O BOJ também assinalou que a demanda interna se manteve sólida mais um mês graças à reconstrução das zonas afetadas pelo tsunami de 2011.

O consumo privado, por sua vez, se sustentou graças a uma "tendência de melhora" no mercado de trabalho, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) segue em torno de 0%, segundo a instituição.

Deste modo, o BOJ estima que a atividade econômica japonesa se manterá quase invariável no momento atual e posteriormente retornará ao caminho da "recuperação moderada" se prosseguir a solidez da demanda interna e assim que o restante das grandes economias "sair gradualmente da fase de desaceleração".

O Banco do Japão indicou em julho que espera que a terceira maior economia do mundo cresça 2,2% neste ano fiscal, que se encerra em março de 2013, e 1,7% no exercício seguinte.

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