Economia

Janeiro encerra com 253 mil vagas formais a menos, diz IBGE

As vagas eliminadas são equivalente a uma queda de 2,1%


	Carteira de trabalho: a indústria fechou 216 mil vagas em janeiro em relação ao mesmo mês de 2014
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de trabalho: a indústria fechou 216 mil vagas em janeiro em relação ao mesmo mês de 2014 (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 13h00.

Rio - O mercado de trabalho eliminou 253 mil vagas com carteira assinada no setor privado na passagem de dezembro para janeiro, o equivalente a uma queda de 2,1%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com janeiro do ano passado, houve um corte de 1,9%, o que significa a extinção de 224 mil vagas formais.

"É a primeira vez que cai a carteira assinada no mês de janeiro (na comparação com o mesmo mês do ano anterior)", ressaltou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

"O ano de 2014 teve um dos menores porcentuais de crescimento nesse tipo de vínculo (empregatício)", lembrou.

O corte de vagas na indústria, que ocorre principalmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e Porto Alegre, pode estar por trás dessa redução na formalidade, de acordo com a técnica do IBGE.

A indústria fechou 216 mil vagas em janeiro em relação ao mesmo mês de 2014.

A região metropolitana de São Paulo registrou o mesmo número de vagas extintas no setor no período. A indústria paulista responde por 47% dos ocupados nessa atividade em toda a pesquisa.

"A indústria a gente sabe que é um setor em que a maior parte dos trabalhadores tem carteira assinada, então acaba impactando (a queda nos postos formais)", disse Adriana.

Por outro lado, houve aumento no contingente de trabalhadores por conta própria.

A alta foi de 3,3% ante dezembro, 144 mil indivíduos a mais nessa condição.

Em relação a janeiro de 2014, o trabalho por conta própria aumentou 4,8%, 207 mil ocupados a mais.

"Pode haver uma migração de pessoas que antes estavam trabalhando com carteira (assinada no setor privado) e agora estão trabalhando por conta própria", avaliou a pesquisadora.

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