Economia

Itaú prevê queda de 7% no investimento no País este ano

Segundo o banco, investimento menor reduzirá em 1,2% o crescimento do produto interno bruto


	Notas de R$ 50 na Casa da Moeda: retração, disse o Itaú, é resultado da queda de confiança dos agentes econômicos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Notas de R$ 50 na Casa da Moeda: retração, disse o Itaú, é resultado da queda de confiança dos agentes econômicos (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 21h28.

Washington - O volume de investimento no Brasil deve cair 7% neste ano, o que reduzirá em 1,2% o crescimento do produto interno bruto (PIB), previu nesta quinta-feira, 9, em Washington o economista-chefe do banco Itaú, Ilan Goldfajn.

A retração, disse, é resultado da queda de confiança dos agentes econômicos.

"Sem confiança, o investimento cai", afirmou, depois de participar de painel sobre América Latina durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

"Se o investimento não estivesse caindo, o Brasil cresceria mais 1,2%. Por isso é importante a confiança. Tem de voltar a investir."

Em sua opinião, a presidente Dilma Rousseff conseguirá recuperar a confiança do mercado e dos investidores se realizar reformas e ajustes necessários.

Jose Luis Daza, da Capital Management, disse que os mercados darão ao tucano Aécio Neves o benefício da dúvida, que estará ausente na eventual reeleição de Dilma. Por isso, a margem de manobra da petista seria mais estreita.

Ajuste

Goldfajn, ex-diretor de Política Econômica do BC, também defendeu um ajuste fiscal que aumente o superávit primário para estabilizar a relação da dívida pública em relação ao PIB. Em sua opinião, o porcentual teria de chegar a 2% do PIB até o fim do próximo ano.

Atualmente, a meta é de 1,9%, mas, aparentemente, não deve ser cumprida. Nos 12 meses encerrados em agosto, o porcentual foi de 0,94%. Superávit primário é a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública.

Goldfajn defendeu ainda uma reforma tributária que simplifique a arrecadação de impostos e reduza os gastos das empresas com procedimentos fiscais.

Acompanhe tudo sobre:Bancoseconomia-brasileiraEmpresasEmpresas brasileirasInvestimentos de empresasInvestimentos de governoItaú

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor