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Ipea cita Nobel de Economia e defende ações do BC

Instituto considera que premiação de Christophera Sims comprova que a política de flexibilizar as metas de inflação para garantir o crescimento está correta

Christopher Sims (e) e Thomas Sargent, dupla vencedora do Nobel (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 19h57.

Rio - A escolha do economista Christophera Sims como um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia neste ano reforça a pertinência da atual política do Banco Central (BC) brasileiro de flexibilizar o sistema de metas de inflação para viabilizar crescimento econômico. A avaliação é de Roberto Messemberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O coordenador considera injustas críticas recebidas por Sims e elogia a escolha do economista para a premiação. O coordenador do Ipea diz que o regime de sistema de metas no País está sendo aplicado de "uma maneira um pouco envergonhada", sendo um sistema "um pouco sujo", já que o resultado anualizado bateu o teto (6,5%) da meta do governo.

No entanto, ele considera que o BC está atuando de forma muito inteligente e não poderia atuar diferentemente, diante do cenário externo que se impôs desde 2008 com a crise internacional. Messemberg defende juros mais baixos mesmo que isso leve a um período temporário de taxa de inflação maior. O economista voltou a defender que não há descontrole inflacionário no Brasil, e sim uma mudança no nível absoluto de preços.

Messemberg destaca um parágrafo de um artigo sobre os limites para as metas de inflação, escrito por Sims em 2004, para confirmar sua tese de que é viável uma flexibilização das metas para viabilizar o crescimento econômico. No artigo, o economista diz que, na existência de condições sob as quais o comprometimento com as metas de inflação, como política de Banco Central, tenha uma alta probabilidade de se provar insustentável, as metas não devem ser recomendadas.

Nestes casos, de acordo com o texto, o comprometimento "pode facilmente levar ao desastre". Naquele ano, disse que perseguir as metas não seria uma boa ideia na Argentina e poderia ainda se provar como uma decisão errada, ou pelo menos insustentável, no Brasil.

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Rio - A escolha do economista Christophera Sims como um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia neste ano reforça a pertinência da atual política do Banco Central (BC) brasileiro de flexibilizar o sistema de metas de inflação para viabilizar crescimento econômico. A avaliação é de Roberto Messemberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O coordenador considera injustas críticas recebidas por Sims e elogia a escolha do economista para a premiação. O coordenador do Ipea diz que o regime de sistema de metas no País está sendo aplicado de "uma maneira um pouco envergonhada", sendo um sistema "um pouco sujo", já que o resultado anualizado bateu o teto (6,5%) da meta do governo.

No entanto, ele considera que o BC está atuando de forma muito inteligente e não poderia atuar diferentemente, diante do cenário externo que se impôs desde 2008 com a crise internacional. Messemberg defende juros mais baixos mesmo que isso leve a um período temporário de taxa de inflação maior. O economista voltou a defender que não há descontrole inflacionário no Brasil, e sim uma mudança no nível absoluto de preços.

Messemberg destaca um parágrafo de um artigo sobre os limites para as metas de inflação, escrito por Sims em 2004, para confirmar sua tese de que é viável uma flexibilização das metas para viabilizar o crescimento econômico. No artigo, o economista diz que, na existência de condições sob as quais o comprometimento com as metas de inflação, como política de Banco Central, tenha uma alta probabilidade de se provar insustentável, as metas não devem ser recomendadas.

Nestes casos, de acordo com o texto, o comprometimento "pode facilmente levar ao desastre". Naquele ano, disse que perseguir as metas não seria uma boa ideia na Argentina e poderia ainda se provar como uma decisão errada, ou pelo menos insustentável, no Brasil.

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