Economia

IPCA para 2017 previsto pelo Focus sobe de 3,45% para 3,50%

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,53% para 4,50% de uma semana para outra

Banco Central: a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central: a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 09h49.

Brasília - Na esteira do último resultado mensal da inflação, divulgado na semana passada, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA - o índice oficial de preços - neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta quarta-feira, 14, pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,45% para 3,50%. Há um mês, estava em 3,29%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

Na última quarta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,24%, após a deflação de 0,23% verificada em junho. No ano, o IPCA acumula taxa positiva de 1,43% e, em 12 meses, índice de 2,71%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,31% para 3,38%. Para 2018, a estimativa foi de 4,06% para 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,08% e 4,19%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,53% para 4,50% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,37%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para agosto de 2017 passou de 0,35% para 0,47%. Um mês antes, estava em 0,23%. No caso de setembro, a previsão de inflação do Focus seguiu em 0,33%, ante 0,32% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório Focus também indicou mudança na projeção para os preços administrados neste e no próximo ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 5,28% para elevação de 5,80%. Para 2018, a mediana passou de 4,66% para 4,70%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,00% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

No dia 20 de julho, o governo anunciou aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. Parte deste reajuste tem levado à elevação das projeções para os administrados. No dia 3 de agosto, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o impacto total do reajuste dos combustíveis será de 0,45 ponto porcentual, distribuído entre os meses de julho e agosto.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada no dia 1º de agosto, o BC projetava alta de 6,6% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.

Outros índices

O relatório do Banco Central mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de -0,87% para -0,88% da última semana para esta. Há um mês, estava em -0,55%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência usual para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de -0,63% para -0,70% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em -0,23%. No caso de 2018, o índice foi de +4,50% para +4,44%, ante +4,50% de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 passou de +3,05% para +2,94% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,37%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe seguiu em +4,50%, ante +4,49% de um mês antes.

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