Economia

IPCA em 12 meses até agosto é o maior desde novembro de 2003

Em quatro regiões, porém, o resultado já ultrapassa os dois dígitos


	O maior IPCA é verificado em Curitiba: preços já avançam 11,06% nos últimos 12 meses
 (David Silverman/Getty Images)

O maior IPCA é verificado em Curitiba: preços já avançam 11,06% nos últimos 12 meses (David Silverman/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 11h32.

Rio - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 9,53% em 12 meses até agosto, o maior resultado neste confronto desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em quatro regiões, porém, o resultado já ultrapassa os dois dígitos.

O maior IPCA é verificado em Curitiba, onde os preços já avançam 11,06% nos últimos 12 meses. Em seguida vêm Porto Alegre (10,34%), Goiânia (10,18%) e Campo Grande (10,17%).

Além disso, outras quatro regiões têm IPCA acima de 9% nos últimos 12 meses: São Paulo (9,75%), Rio de Janeiro (9,70%), Fortaleza (9,51%) e Recife (9,03%).

Completam o elenco das regiões Salvador (8,91%), Belém (8,49%), Belo Horizonte (8,38%), Brasília (8,09%) e Vitória (7,91%).

IPCA mensal

Em relação à taxa mensal de agosto, a alta de 0,22% foi é a menor para o mês desde 2010, quando o IPCA avançou 0,04%.

A inflação desacelerou em seis dos nove grupos pesquisados no indicador na passagem de julho para agosto.

A principal desaceleração ocorreu no grupo Transportes (0,15% para -0,27%), diante da queda de 24,90% nos preços das passagens aéreas. Os alimentos e bebidas também ficaram 0,01% mais baratos, segundo o IBGE.

Outras desacelerações foram percebidas nos grupos Habitação (1,52% para 0,29%), com a queda nos encargos sobre as tarifas de energia elétrica, Artigos de Residência (0,86% para 0,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,62%) e Comunicação (0,30% para 0,14%).

Por outro lado, ganharam força os grupos Vestuário (-0,31% para 0,20%), Despesas Pessoais (0,61% para 0,75%) e Educação (0,00% para 0,82%). No caso das Despesas Pessoais, houve aumentos nos itens serviço bancário (2,65%), cabeleireiro (0,86%) e empregado doméstico (0,53%).

Já no caso da Educação, a alta foi reflexo dos reajustes de mensalidades para o segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares subiram 0,78%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,62%, apontou o IBGE.

INPC

O IBGE divulgou também nesta quinta-feira que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,25% em agosto, após ter registrado alta de 0,58% em julho.

Com o resultado, o INPC acumulou altas de 7,69% no ano e de 9,88% nos 12 meses encerrados em agosto. O índice mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEIndicadores econômicosInflaçãoINPCIPCA

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor