(Leandro Fonseca/Exame)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 11 de outubro de 2023 às 09h02.
Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 09h26.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que é a inflação oficial do Brasil, fechou o mês de setembro com alta de 0,26%, pequena aceleração após alta de 0,23% em agosto. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA acumula alta de 3,50% e, nos últimos 12 meses, de 5,19%, acima dos 4,61% observados no 12 acumulado até agosto. No mesmo mês de 2022 foi registrada uma deflação de 0,29%. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava alta mensal de 0,34%.
A alta do IPCA de setembro foi puxada pela alta de seis grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para Transporte, com alta de 0,29 p.p e variação de 1,40% em relação ao mês anterior. Também se destacou o aumento de Habitação (0,47% e 0,07 p.p.).
O resultado do grupo Transportes foi influenciado pelo aumento nos preços da gasolina, que teve elevação de 2,80%, com a maior contribuição individual de 0,14 p.p. no índice do mês. O item combustíveis teve alta de 2,70%, acompanhado pelo óleo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o preço do etanol caiu 0,62%.
“A gasolina é o subitem que possui maior peso no IPCA. Com essa alta, acaba contribuindo de maneira importante para o resultado do mês de setembro”, explica André Almeida, gerente do IPCA
Segundo o IBGE, o grupo de Alimentação e bebidas (-0,71%) apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, em grande parte devido ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%).
Destacam-se as quedas com destaque para batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço.
O acumulado dos últimos 12 meses teve alta de 5,19%, após resultado mensal em setembro de 0,26%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,50%.
O cálculo do IPCA envolve várias etapas e considerações importantes. Vamos entender como isso é feito:
O IPCA é calculado com base em uma amostra de produtos e serviços que representam os gastos das famílias brasileiras. Essa amostra é composta por cerca de 400 itens, que incluem alimentos, bebidas, habitação, transporte, saúde, educação, entre outros. A seleção dos itens é feita com base em pesquisas de orçamento familiar e em dados de consumo das famílias.
Para calcular o IPCA acumulado, o IBGE realiza uma pesquisa de preços em estabelecimentos comerciais de todo o país. Essa pesquisa é realizada mensalmente e envolve cerca de 30 mil estabelecimentos, incluindo supermercados, lojas de departamento, postos de combustível, entre outros. Os preços dos produtos e serviços são coletados e comparados com os preços do mês anterior.
Os itens da amostra do IPCA são ponderados de acordo com a sua participação nos gastos das famílias brasileiras. Itens que representam uma parcela maior dos gastos têm um peso maior no cálculo do IPCA. Essa ponderação é feita com base em dados de orçamento familiar e em pesquisas de consumo.
O IPCA é calculado a partir da variação dos preços dos produtos e serviços da amostra. Essa variação é medida em relação ao mês anterior e é ponderada de acordo com a participação de cada item nos gastos das famílias. O resultado é um índice que reflete a variação média.
O IPCA acumulado é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços ao longo de um determinado período. Ele é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. O IPCA acumulado é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.
A sigla IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda mensal entre um e 40 salários mínimos. O IPCA é calculado pelo IBGE e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. Ele é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.