O item "medicamentos em geral" mostrou elevação de 0,23% no fechamento do mês, contra queda de 0,08% na terceira quadrissemana (últimos 30 dias encerrados no dia 8) (©afp.com / Manjunath Kiran)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2013 às 16h29.
São Paulo - O grupo Saúde foi o principal responsável pelo distanciamento entre a alta efetiva de 0,35% do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de junho e a projeção de 0,3% traçada pelo coordenador do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, no começo de junho.
Os preços de Saúde e Cuidados Pessoais intensificaram o ritmo de alta entre a terceira e a quarta leitura do mês, passando de 0,34% para 0,48%. Em maio, o grupo teve elevação de 0,72%.
A aceleração entre uma pesquisa e outra surpreendeu Picchetti, dada a expectativa de que os efeitos do reajuste médio de 6,31% nos preços dos remédios, que passou a vigorar em abril, fossem cada vez menores.
O item "medicamentos em geral" mostrou elevação de 0,23% no fechamento do mês, contra queda de 0,08% na terceira quadrissemana (últimos 30 dias encerrados no dia 8).
"Foi uma surpresa e o que afastou a previsão do número final. Basicamente, é a mesma dinâmica de quando ocorre o reajuste, quando as farmácias começam a subir o preço, que não é instantaneamente. Esperávamos deflação (de remédios), mas veio uma taxa positiva", avaliou.
Apesar da revogação nos preços das tarifas de transporte público no fim de junho em cidades como São Paulo, ele ressaltou que o grupo Transportes ainda subiu (de 0,29% para 0,3%) entre a passagem da terceira quadrissemana para o fechamento do mês porque o intervalo entre a data de quando o reajuste passou a valer, que foi no começo de junho, e o dia do cancelamento do aumento é pequeno.
Picchetti, porém, ressaltou que a medida da revogação terá impacto favorável nas leituras seguintes. "Vai fazer o efeito benéfico que tem de fazer já a partir da próxima semana", estimou.