Economia

IPC-S deve fechar março com alta de 0,50%

No fechamento do mês as carnes e o item Empregada Doméstica devem continuar sendo destaque, segundo Paulo Picchetti, economista da FGV

A desaceleração da queda nos preços das carnes representou o principal impacto no comportamento do IPC-S da terceira quadrissemana de março, segundo o coordenador do IPC-S (Emmanuel Dunand/AFP)

A desaceleração da queda nos preços das carnes representou o principal impacto no comportamento do IPC-S da terceira quadrissemana de março, segundo o coordenador do IPC-S (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 14h47.

São Paulo - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) deve fechar o mês de março em torno de 0,50%, previu o coordenador do IPC-S e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Picchetti. "Até pelo ritmo que o índice vem apresentando, deve ficar perto desta taxa", comentou. Após fechar fevereiro em 0,24%, na primeira quadrissemana de março, o IPC-S ficou em 0,41%, acelerou para 0,47% na segunda e ainda mais, para 0,51%, na terceira.

Segundo o economista, no fechamento do mês as carnes e o item Empregada Doméstica devem continuar sendo destaque. A desaceleração da queda nos preços das carnes representou o principal impacto no comportamento do IPC-S da terceira quadrissemana de março, segundo o coordenador do IPC-S. "O ritmo da queda perdeu força e acabou fazendo o índice subir", afirmou. Entre a segunda e a terceira quadrissemana de março, a deflação de Carnes Bovinas passou de 3,09% para 2,06%, com impacto de 0,02 ponto porcentual, segundo Picchetti, na variação do IPC-S, que acelerou de 0,47% para 0,51%.

Outro fator importante na trajetória do indicador, foi a alta de 4,93% do item Empregada Doméstica Mensalista, que contribuiu com mais 0,02 ponto na variação do índice, representando a maior influência positiva. "Por sinal, foi uma diferença grande em relação ao IPCA-15, que veio com redução neste item. É estranho porque se olharmos os próprios dados de mercado do trabalho que o IBGE divulgou, fica mais fácil contar a história de aumento do que de uma redução, com elevação do salário mínimo, etc.", disse.

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