IPC deve fechar julho em 0,22%, estima Fipe
Segundo coordenador, principal argumento para explicar a previsão é a expectativa de avanço nos preços dos alimentos
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 17h06.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ( Fipe ), André Chagas, informou nesta quarta-feira, 02, que prevê taxa de 0,22% para o índice no encerramento de julho.
Em junho, a inflação foi de 0,04%. "Esperamos aceleração gradativa da inflação ao longo do mês, começando a primeira quadrissemana com 0,09% e encerrando com 0,22%", disse.
Segundo ele, o principal argumento para explicar a previsão é a expectativa de avanço nos preços dos alimentos.
"Os in natura não devem cair tanto em julho, reduzindo a queda a 1,47% (-6,39% em junho), e os semielaborados devem subir (0,52% ante -0,15% em junho)", afirmou.
A previsão é que o grupo Alimentação encerre o mês com alta de 0,19%, ante queda de 0,37% em junho.
Outro grupo que deixará de contribuir tão favoravelmente em julho é Transportes, uma vez que, na expectativa da Fipe, o etanol deve zerar a queda vista nas últimas quadrissemanas.
"A parte ligada a veículos também deve subir mais", disse Chagas.
"Além disso, o grupo sofrerá o impacto de 1,91% calculado para o item pedágio, após o reajuste autorizado para as concessionárias de rodovias estaduais, em média de 6%", afirmou.
Transportes devem fechar julho com inflação de 0,22%, ante queda de 0,03% em junho, segundo a Fipe.
Em Despesas Pessoais, há expectativa de reversão do comportamento benigno das passagens aéreas, que recuaram 5,66% em junho, e de Viagem (Excursão), que cedeu 1,18%.
A Fipe calcula alta de 0,48% para esta classe de despesa em julho, ante deflação de 0,12% em junho.
Para o encerramento de 2014, Chagas manteve a previsão de IPC em 5,5%. "Apesar da variação contida da inflação de junho e da previsão de 0,22% para julho, a previsão está mantida", disse.
"Ainda não dá para saber se a inflação mais baixa já é efeito da política monetária mais restritiva, da Copa ou do temor das manifestações. Vamos aguardar", afirmou.