Economia

Investimento direto no país somou US$ 5,994 bilhões em julho

O resultado ficou dentro das estimativas do AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 5,3 bi a US$ 6,2 bi, com mediana de US$ 5,95 bi


	Investimentos: o resultado ficou dentro das estimativas do AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 5,3 bi a US$ 6,2 bi, com mediana de US$ 5,95 bi
 (Germano Luders)

Investimentos: o resultado ficou dentro das estimativas do AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 5,3 bi a US$ 6,2 bi, com mediana de US$ 5,95 bi (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 12h18.

Brasília - Os Investimentos Diretos no País (IDP) voltaram a ser insuficientes para cobrir o rombo nas contas externas.

Segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 26, pelo Banco Central, esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados para o setor produtivo somaram US$ 5,994 bilhões em julho.

O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 5,314 bilhões a US$ 6,200 bilhões, com mediana de US$ 5,950 bilhões.

Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de julho ficaria em US$ 5,7 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 20 de julho, quando o País havia recebido US$ 3,6 bilhões em recursos externos.

Com a mudança de metodologia, o IDP passou a ser mais volátil do que o antigo Investimento Estrangeiro Direto (IED).

No acumulado dos últimos 12 meses até julho deste ano, o saldo de IDP ficou em US$ 78,398 bilhões, o que representa 3,81% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano até o mês passado, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 36,926 bilhões.

Com a mudança, o Banco Central introduziu nas estatísticas o conceito de "lucros reinvestidos" - que ocorre quando uma empresa obteve um lucro e decide manter esses recursos no Brasil ao invés de repatriá-lo para a matriz.

Essa nova conta tem impacto no registro de IDP, mas não afeta o fluxo cambial. Em julho, os lucros reinvestidos ficaram positivos em US$ 265 milhões.

Remessas

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 623 milhões em julho. A saída líquida ficou bem mais baixa do que o US$ 1,166 bilhão que foi enviado em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.

No acumulado do ano até julho, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 10,105 bilhões. O resultado é inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 16,137 bilhões. Para o ano, a expectativa do BC é de um total de US$ 21 bilhões nesta rubrica.

O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 4,620 bilhões em julho ante US$ 5,313 bilhões em igual mês do ano passado.

No ano até o mês passado, essas despesas alcançaram US$ 15,161 bilhões, valor próximo dos US$ 15,048 bilhões de igual período do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBanco CentralDados de BrasilInvestimentos de governoLucroMercado financeiro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto