Investidores planejam ferrovia e porto de R$ 16 bi no Pará
Investidores estrangeiros planejam construir ferrovia de 1,2 mil km no Pará e um grande porto para escoar minerais e produtos agrícolas
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2015 às 18h11.
São Paulo - Investidores estrangeiros planejam a construção de uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros no Pará e de um grande porto no nordeste do Estado para escoar minerais e produtos agrícolas, em uma obra de 16 bilhões de reais, disseram nesta segunda-feira o governo estadual e a empresa responsável pelo projeto.
A ferrovia estadual, que deverá ser uma concessão privada, seguiria um traçado paralelo ao trecho norte nunca finalizado da Ferrovia Norte-Sul, de concessão federal.
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeme) concedeu à Pavan Engenharia, de São Paulo, autorização para realizar estudos preparatórios que demonstrem a viabilidade da ferrovia ligando sul e sudeste do Pará até o litoral nordeste do Estado, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.
A futura estrada de ferro, já batizada de Fepasa, deverá ligar áreas de extração de minerais e de produção agrícola a um porto a ser construído no município de Colares, ao norte de Belém, passando pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Os investimentos privados previstos para a ferrovia são de 8 bilhões de reais, mais 6 bilhões para o porto e outros 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo ao porto.
"Tem já investidores chineses interessados, alemães, porque está todo mundo atrás de infraestrutura", disse à Reuters Renato Pavan, diretor da Pavan Engenharia, responsável pelos estudos e contato com investidores.
A região de Colares foi escolhida porque tem calado natural profundo, permitindo a atracação de navios de grande porte que atualmente não conseguem acessar terminais em Santos (SP) e Paranaguá (PR), por exemplo.
"Quando a ferrovia paraense estiver pronta, ela poderá se ligar à ferrovia Norte-Sul, como acontece no Paraná, onde a ferrovia estadual se liga com a federal. Uma pode complementar a outra", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Adnan Demachki, em nota.
Segundo o governo do Estado, a expectativa é que já no primeiro ano de funcionamento da ferrovia a demanda será de quase 30 milhões de toneladas, principalmente minérios e grãos, com o volume subindo para 48 milhões de toneladas anuais em cinco anos.
Segundo Pavan, uma das minas a serem viabilizadas com a ferrovia, no município de Redenção, será capaz de produzir 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com teor elevado de ferro (67 por cento).
"A ferrovia viabilizaria a exploração de minas de ferro, níquel e cobre no sul do Pará, que hoje não estão sendo exploradas por falta de logística, como também viabilizaria, através de ramais, as operações de outros empreendimentos, como é o caso da Votorantim Metais, que possui projeto pronto para instalação em Rondon do Pará", disse o secretário.
Após a conclusão dos estudos, deverá ser aberta uma licitação pública para a concessão da ferrovia, segundo o governo estadual.
São Paulo - Investidores estrangeiros planejam a construção de uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros no Pará e de um grande porto no nordeste do Estado para escoar minerais e produtos agrícolas, em uma obra de 16 bilhões de reais, disseram nesta segunda-feira o governo estadual e a empresa responsável pelo projeto.
A ferrovia estadual, que deverá ser uma concessão privada, seguiria um traçado paralelo ao trecho norte nunca finalizado da Ferrovia Norte-Sul, de concessão federal.
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeme) concedeu à Pavan Engenharia, de São Paulo, autorização para realizar estudos preparatórios que demonstrem a viabilidade da ferrovia ligando sul e sudeste do Pará até o litoral nordeste do Estado, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.
A futura estrada de ferro, já batizada de Fepasa, deverá ligar áreas de extração de minerais e de produção agrícola a um porto a ser construído no município de Colares, ao norte de Belém, passando pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Os investimentos privados previstos para a ferrovia são de 8 bilhões de reais, mais 6 bilhões para o porto e outros 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo ao porto.
"Tem já investidores chineses interessados, alemães, porque está todo mundo atrás de infraestrutura", disse à Reuters Renato Pavan, diretor da Pavan Engenharia, responsável pelos estudos e contato com investidores.
A região de Colares foi escolhida porque tem calado natural profundo, permitindo a atracação de navios de grande porte que atualmente não conseguem acessar terminais em Santos (SP) e Paranaguá (PR), por exemplo.
"Quando a ferrovia paraense estiver pronta, ela poderá se ligar à ferrovia Norte-Sul, como acontece no Paraná, onde a ferrovia estadual se liga com a federal. Uma pode complementar a outra", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Adnan Demachki, em nota.
Segundo o governo do Estado, a expectativa é que já no primeiro ano de funcionamento da ferrovia a demanda será de quase 30 milhões de toneladas, principalmente minérios e grãos, com o volume subindo para 48 milhões de toneladas anuais em cinco anos.
Segundo Pavan, uma das minas a serem viabilizadas com a ferrovia, no município de Redenção, será capaz de produzir 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com teor elevado de ferro (67 por cento).
"A ferrovia viabilizaria a exploração de minas de ferro, níquel e cobre no sul do Pará, que hoje não estão sendo exploradas por falta de logística, como também viabilizaria, através de ramais, as operações de outros empreendimentos, como é o caso da Votorantim Metais, que possui projeto pronto para instalação em Rondon do Pará", disse o secretário.
Após a conclusão dos estudos, deverá ser aberta uma licitação pública para a concessão da ferrovia, segundo o governo estadual.