INSS: ele evitou adiantar detalhes da reforma a ser apresentada amanhã ao Congresso (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 22h57.
São Paulo - O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leonardo Gadelha, defendeu nesta segunda-feira, 5, a reforma da Previdência e adiantou que, caso a proposta de emenda constitucional seja aprovada no Congresso, os sistemas do órgão serão rapidamente atualizados para operar sob as novas regras.
Antes de participar de um debate sobre o tema na universidade Mackenzie, Gadelha classificou como "absolutamente necessária" a reforma nas aposentadorias, tendo em vista a transformação demográfica "drástica" e a perspectiva de transformação no mercado de trabalho nos próximos anos devido ao aumento do nível de automação, levando à perda de empregos formais e, como consequência, mais impacto sobre o sistema de seguridade.
"Isso vai nos obrigar a fazer reformas previdenciárias com muita frequência", disse Gadelha.
Ele evitou adiantar detalhes da reforma a ser apresentada amanhã ao Congresso, lembrando que o INSS participa do lado operacional do sistema previdenciário, mas não da formulação de suas políticas.
Segundo ele, os R$ 425 bilhões pagos em benefícios pela autarquia no ano passado - ou 8% do Produto Interno Bruto (PIB) - correspondem a um volume financeiro "bastante significativo" que precisa ser discutido pela sociedade.
Gadelha acrescentou que, do ponto de vista dos benefícios contributivos, o INSS é superavitário, mas quando são incluídos os benefícios sociais o resultado é um déficit que superou R$ 100 bilhões em 2015 e que deve crescer neste ano em virtude do avanço do desemprego.