Economia

Coutinho: Infraestrutura é o maior desafio e oportunidade

Presidente do BNDES defende que gargalo gera demanda certa e se torna boa oportunidade de investimento


	Infraestrutura é o maior desafio e oportunidade do Brasil, diz Luciano Coutinho, presidente do BNDES
 (Ildefonso Filho/EXAME.com)

Infraestrutura é o maior desafio e oportunidade do Brasil, diz Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Ildefonso Filho/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 11h40.

São Paulo – Embora a infraestrutura seja o maior desafio do Brasil, o gargalo existente no país pode ser também a maior oportunidade de investimento para o setor privado. A conclusão é de Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“O fato de que temos esse problema diminui muito o risco de falta de demanda. Temos uma fronteira de investimentos em infraestrutura rentável, com retornos atraentes”, disse Coutinho em palestra no seminário promovido em São Paulo pela revista britânica The Economist nesta quinta-feira. 

Ao defender o papel do banco, Coutinho falou que o BNDES tem trabalho muito intensamente com o mercado para desenvolver debêntures de infraestrutura e novas modalidades de produtos que possam financiar o desenvolvimento no setor no longo prazo. “Estou otimista com isso. Os poupadores, especialmente os institucionais, precisarão encontrar alternativas e a melhor delas é a infraestrutura”, disse.

Durante o debate, Coutinho defendeu a participação do BNDES no desenvolvimento do mercado de capitais, afirmando que apenas o mercado não atende a demanda de investimentos a longo prazo. “E agora vamos trabalhar para desenvolver o mercado de renda fixa”, disse.

Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, também defendeu a necessidade do banco de desenvolvimento no Brasil. “Não é o BNDES que deve ser menor. O mercado [de capitais] é que precisa crescer. Hoje, os empresários precisam do BNDES”, disse.

Além disso, o executivo afirmou que o papel do BNDES é ainda mais importante para empresas pequenas e médias do que realmente para as grandes, afirmando que sua companhia tem cerca de 15% dos financiamentos pelo banco, o que considerou baixo.

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