Economia

Infraestrura impede o Brasil de ter um futuro brilhante

Falta de gerenciamento e excessiva burocracia são apontados por jornal britânico como causa para solução de problemas de infraestrutura

Favela da Rocinha, no RJ: desafio do governo brasileiro de urbanizar favelas é um dos argumentos de que país não se tornará desenvolvido (./Divulgação)

Favela da Rocinha, no RJ: desafio do governo brasileiro de urbanizar favelas é um dos argumentos de que país não se tornará desenvolvido (./Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2010 às 09h47.

São Paulo - Uma reportagem do jornal britânico Financial Times publicada nesta quinta-feira (6) coloca em dúvida a possibilidade de o Brasil tornar-se um país desenvolvido. A razão: os problemas de infraestrutura enfrentados pelo país. Em meio ao caos no trânsito das grandes metrópoles, à favelização crescente e à precariedade de aeroportos e estradas, o jornal afirma que "o novo futuro brilhante do Brasil parece ainda estar fora de alcance".

A reportagem coloca em xeque o futuro do país, apesar da crescente procura de investidores e da escolha do país para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. "Os planos estão na mesa. A economia está crescendo. Os investidores estão fazendo fila", afirma o diário. "Apesar da confiança depositada no país pelos organizadores dos dois maiores eventos esportivos do mundo, ainda há uma montanha íngreme a ser escalada em termos de colocar a infraestrutura - transportes, hotéis e estádios - em um alto nível internacional antes dos prazos de 2014 e 2016".

O jornal cita como exemplo da precária infraestrutura brasileira o desafio de urbanizar, por exemplo, as favelas cariocas - fato que, como lembra a reportagem, ficou claro com a recente tragédia causada pelas chuvas no Rio. Outros sérios problemas que atrapalham o crescimento do país são a melhoria "lenta" dos transportes públicos - o que leva o Brasil a ter mais carros do que suas ruas comportam -, além da falta de uma divisão clara entre o que é responsabilidade da União, dos estados e municípios em relação ao tratamento de água e esgoto.

O atraso em importantes obras de saneamento básico e outros projetos que seriam capazes de mudar esse quadro estão parados por causa de "falhas de gerenciamento e do peso da burocracia", além de "ideologias" que atrapalham a discussão sobre o que deve ser privatizado ou mantido sob o controle do governo.

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