Economia

Inflação sobe para 0,42% em outubro e acumula 2,70% em 12 meses

No acumulado de 2017 até agora, a inflação está em 2,21%

Conta de luz: pressão dos preços de energia foi determinante para aceleração do indicador. (./Divulgação)

Conta de luz: pressão dos preços de energia foi determinante para aceleração do indicador. (./Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 09h04.

Última atualização em 10 de novembro de 2017 às 09h43.

São Paulo – A inflação no Brasil foi de 0,42% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).

O porcentual é maior do que os 0,16% de setembro e do que os 0,26% registrados em outubro de 2016.

Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,70%, abaixo do piso da meta do governo que é de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (6%) ou para baixo (3%).

Se a inflação ficar fora da meta no balanço anual, o presidente do Banco Central terá de escrever uma carta aberta para o ministro da Fazenda explicando o porquê disso ter acontecido e o que será feito para mudar o cenário.

Isso aconteceu pela última vez em 2015. No ano passado, a inflação foi de 6,29% e última projeção de analistas consultados pelo BC é que a taxa de 2017 feche em 3,08%.

No acumulado de 2017 até agora, a inflação está em 2,21%. É a menor registrada para este período do ano desde 1998.

Grupos

A conta de luz ficou, em média, 3,28% mais cara em outubro. Além disso, o preço do botijão de gás sofreu reajuste de 12,9% nas refinarias e ficou 4,49% mais caro.

Estes dois fatores fizeram os gastos com habitação disparar e subir 1,33%. O grupo foi responsável, sozinho, por metade (0,21 ponto porcentual) da elevação da inflação no mês.

Segundo analista do IBGE, a passagem da bandeira amarela para a vermelha determinou a aceleração da inflação em outubro. Essa pressão no indicador deve aumentar em novembro, já que continuará vigorando a bandeira vermelha, porém o preço da energia elétrica passará de 3,50 reais para 5 reais por cada 100 kWh consumido.

Dos 9 grupos pesquisados pelo IBGE, 7 aumentaram e só 2 caíram em outubro em relação ao mês anterior.

Alimentação e Bebidas, de longo o grupo com maior peso no índice, caiu pelo sexto mês seguido, mas a queda de 0,05% em outubro foi bem menos intensa do que o tombo de 0,41% registrado em setembro.

A deflação deveu-se à redução de 0,74% no preço médio dos alimentos para consumo em casa, com quedas no feijão mulatinho (-18,41%), alho (-7,69%), açúcar cristal (-3,05%), entre outros produtos. A alimentação fora de casa, por sua vez, aumentou 0,16%.

 

GrupoVariação setembro, em %Variação outubro, em %
Índice Geral0,160,42
Alimentação e Bebidas-0,41-0,05
Habitação-0,121,33
Artigos de Residência0,13-0,39
Vestuário0,280,71
Transportes0,790,49
Saúde e cuidados pessoais0,320,52
Despesas pessoais0,560,32
Educação0,040,06
Comunicação0,50,40

 

GrupoImpacto setembro, em p.p.Impacto outubro, em p.p.
Índice Geral0,160,42
Alimentação e Bebidas-0,1-0,01
Habitação-0,020,21
Artigos de Residência0-0,02
Vestuário0,020,04
Transportes0,140,09
Saúde e cuidados pessoais0,040,06
Despesas pessoais0,060,04
Educação00
Comunicação0,020,01

Acompanhe tudo sobre:IBGEIndicadores econômicosInflaçãoIPCAPreços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor