Inflação perto de 4,5% em 2013 é factível, diz diretor do BC
Pelas projeções do BC apresentadas hoje por Carlos Hamilton Araújo, o IPCA fechará todos os anos do governo Dilma Rousseff acima do centro da meta de inflação
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h45.
Brasília - O diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quinta-feira, que uma taxa inflação em torno de 4,5% em 2013 é um cenário factível para a autoridade monetária. Pelas projeções do BC apresentadas nesta quinta-feira no Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA fechará todos os anos do governo Dilma Rousseff acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. "A projeção não está dizendo que não vai chegar, está mostrando tendência. Entendemos que inflação vai recuar no próximo ano", argumentou.
O diretor enfatizou que o discurso da autoridade monetária não mudou. "Continuamos com perspectiva de que IPCA ficará na meta em 2013." Sobre a possibilidade de a inflação não atingir o centro da meta até 2014, o diretor deu uma resposta evasiva. "Só terei resposta para isso em janeiro de 2015 (quando o IBGE divulga o resultado do ano anterior)", falou.
Segundo Carlos Hamilton, a inflação ao consumidor no Brasil aumentou nos últimos 12 meses em relação ao verificado até setembro deste ano. No mercado atacadista, houve certa moderação da inflação. Disse ainda que o crescimento da economia no terceiro trimestre foi menor do que se antecipava.
O BC vê ainda certa estabilidade da taxa de câmbio, desde então, e avalia que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) permaneceu abaixo do patamar de longo prazo. Também se manteve estreita a ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado.
O diretor do BC disse ainda que a instituição trabalha com ritmo de atividade mais intenso nos próximos semestres, expansão moderada do crédito, do consumo em especial e moderação na dinâmica de ativos reais e financeiros, destacando expectativa de moderação na variação da taxa de câmbio.
Carlos Hamilton disse que cinco itens colaboraram para a alta da inflação, mesmo em um período de redução da atividade econômica: o câmbio, setor fiscal, a tarifa de importação, o choque agrícola e aumento do salário mínimo.
Para o diretor do BC, esse conjunto variáveis foi fundamental para a avaliação do Copom de que há condições para a estabilidade da política monetária por um período de tempo "suficientemente prolongado", ainda que de forma não linear.
Ele citou a revisão da projeção para o PIB de 2012 de 1,6% para 1,% e a estimativa de que, em 12 meses até setembro de 2013, a expansão será de 3,3%. "Os elementos de âmbito internacional e doméstico, mais essa trajetória para a atividade, nos fizeram projetar as novas estimativas para a inflação", disse. Ele mencionou a expectativa de alta de 5,7% do IPCA deste ano pelo cenário de referência, de 4,8% para 2013 e de 4,9% para 2014. No cenário de mercado, as taxas são, respectivamente, de 5,7%, 4,9% e 4,8%.
Segundo ele, há evidências de que a introdução de novas tarifas de importação certamente teve repercussão sobre índices de preços. O diretor destacou ainda o choque de oferta desfavorável de itens agrícolas, como revela o IPA agrícola, da FGV. "Esses elementos explicam por que, apesar da fragilidade da economia, que foi revisada para 1% para este ano, a inflação mostrou resistência maior do que se poderia supor", completou.
Brasília - O diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quinta-feira, que uma taxa inflação em torno de 4,5% em 2013 é um cenário factível para a autoridade monetária. Pelas projeções do BC apresentadas nesta quinta-feira no Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA fechará todos os anos do governo Dilma Rousseff acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. "A projeção não está dizendo que não vai chegar, está mostrando tendência. Entendemos que inflação vai recuar no próximo ano", argumentou.
O diretor enfatizou que o discurso da autoridade monetária não mudou. "Continuamos com perspectiva de que IPCA ficará na meta em 2013." Sobre a possibilidade de a inflação não atingir o centro da meta até 2014, o diretor deu uma resposta evasiva. "Só terei resposta para isso em janeiro de 2015 (quando o IBGE divulga o resultado do ano anterior)", falou.
Segundo Carlos Hamilton, a inflação ao consumidor no Brasil aumentou nos últimos 12 meses em relação ao verificado até setembro deste ano. No mercado atacadista, houve certa moderação da inflação. Disse ainda que o crescimento da economia no terceiro trimestre foi menor do que se antecipava.
O BC vê ainda certa estabilidade da taxa de câmbio, desde então, e avalia que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) permaneceu abaixo do patamar de longo prazo. Também se manteve estreita a ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado.
O diretor do BC disse ainda que a instituição trabalha com ritmo de atividade mais intenso nos próximos semestres, expansão moderada do crédito, do consumo em especial e moderação na dinâmica de ativos reais e financeiros, destacando expectativa de moderação na variação da taxa de câmbio.
Carlos Hamilton disse que cinco itens colaboraram para a alta da inflação, mesmo em um período de redução da atividade econômica: o câmbio, setor fiscal, a tarifa de importação, o choque agrícola e aumento do salário mínimo.
Para o diretor do BC, esse conjunto variáveis foi fundamental para a avaliação do Copom de que há condições para a estabilidade da política monetária por um período de tempo "suficientemente prolongado", ainda que de forma não linear.
Ele citou a revisão da projeção para o PIB de 2012 de 1,6% para 1,% e a estimativa de que, em 12 meses até setembro de 2013, a expansão será de 3,3%. "Os elementos de âmbito internacional e doméstico, mais essa trajetória para a atividade, nos fizeram projetar as novas estimativas para a inflação", disse. Ele mencionou a expectativa de alta de 5,7% do IPCA deste ano pelo cenário de referência, de 4,8% para 2013 e de 4,9% para 2014. No cenário de mercado, as taxas são, respectivamente, de 5,7%, 4,9% e 4,8%.
Segundo ele, há evidências de que a introdução de novas tarifas de importação certamente teve repercussão sobre índices de preços. O diretor destacou ainda o choque de oferta desfavorável de itens agrícolas, como revela o IPA agrícola, da FGV. "Esses elementos explicam por que, apesar da fragilidade da economia, que foi revisada para 1% para este ano, a inflação mostrou resistência maior do que se poderia supor", completou.