Economia

Inflação na zona do euro cai a 0,3% em agosto

A situação da inflação é um problema para o Banco Central Europeu no momento em que ele tenta responder à estagnação da recuperação econômica


	"A leitura muito baixa da inflação na zona do euro para agosto reforça a pressão sobre o BCE para considerar mais estímulo monetário" disse economista
 (Daniel Roland/AFP)

"A leitura muito baixa da inflação na zona do euro para agosto reforça a pressão sobre o BCE para considerar mais estímulo monetário" disse economista (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 08h27.

Bruxelas/Frankfurt - A inflação na zona do euro caiu como esperado para nova mínima de cinco anos em agosto, algo que deve preocupar o Banco Central Europeu (BCE) mas não a ponto de forçá-lo a adotar imediatamente uma intervenção de política monetária.

Os preços ao consumidor nos 18 países que usam o euro avançaram apenas 0,3% em agosto na comparação anual, o menor aumento desde outubro de 2009, informou nesta sexta-feira a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.

A inflação, que havia caído inesperadamente a 0,4% em julho, está presa no que o presidente do BCE, Mario Draghi, chama de "zona de perigo" abaixo de 1% desde outubro do ano passado.

A situação da inflação é um problema para o BCE no momento em que ele tenta responder à estagnação da recuperação econômica, com novos problemas devido às sanções impostas contra a Rússia em julho devido a seu envolvimento no aprofundamento do conflito na Ucrânia.

"A leitura muito baixa da inflação na zona do euro para agosto reforça a pressão sobre o BCE para considerar mais estímulo monetário além do que já está aí", disse o economista sênior do ING Martin van Vliet.

Qualquer ação imediata na reunião de 4 de setembro do BCE não considerado como provável, embora também não seja visto como impossível, de acordo com fontes do BCE que falaram com a Reuters nesta semana. O banco deve esperar.

Entretanto, investidores e os mercados buscarão mais informações junto a Draghi sobre o que poderá e será feito pelo BCE e governos europeus para avançar com reforças e reanimar o crescimento.

Em dados separados, a Eurostat informou ainda que a taxa de desemprego na zona do euro ficou, como esperado, inalterada em 11,5% pelo segundo mês seguido em julho, deixando 18,4 milhões de pessoas sem empregos.

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