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Inflação foi de 0,69% em fevereiro e 5,68% em 12 meses

Alta dos preços voltou a acelerar em fevereiro para 0,69% e levou o acumulado dos últimos 12 meses para 5,68%

Supermercado no Rio de janeiro: inflação continua acima do centro da meta (André Valentim/EXAME.com)

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de março de 2014 às 09h57.

São Paulo - O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro foi de 0,69%, acima dos 0,55% de janeiro e praticamente igual aos 0,60% de fevereiro do ano passado.

Com isso, a inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 5,68% - acima do centro da meta do governo, de 4,5%, mas ainda abaixo do teto, de 6,5%.

Dos nove grupos pesquisados, cinco tiveram alta.

Por causa do reajuste das mensalidades dos colégios, o maior aumento foi, de longe, no setor de educação: 5,97%, com impacto de 0,27 ponto percentual no índice final.

A alta no setor de artigos de residência também acelerou, de 0,49% em janeiro para 1,07% em fevereiro. Subiram eletrodomésticos (1,78%), mobiliário (1,20%) e cama, mesa e banho (1,33%), entre outros.

A pressão dos itens aluguel (1,20%) e condomínio (0,80%) ajudou a empurrar para 0,77% a inflação do setor de habitação.

A alta dos alimentos desacelerou de 0,84% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Pela importância da categoria, foi o segundo maior impacto: 0,14 ponto percentual.

Apesar de uma alta de 1,40% no item empregados domésticos, as despesas pessoais também desaceleraram: de 1,72% em janeiro para 0,69% em fevereiro.

Vestuário e transportes tiveram queda de preços ainda maiores do que em janeiro - de 0,40% e 0,05%, respectivamente. A queda de 20,55% nas passagens aéreas foi uma das responsáveis.

GrupoVariação (%) janeiroVariação (%) fevereiro
Índice geral0,55%0,69%
Alimentação e bebidas0,84%0,56%
Habitação0,55%0,77%
Artigos de residência0,49%1,07%
Vestuário-0,15%-0,40%
Transportes-0,03%-0,05%
Saúde e cuidados pessoais0,48%0,74%
Despesas pessoais1,72%0,69%
Educação0,57%5,97%
Comunicação0,03%0,14%
GrupoImpacto (p.p.)janeiroImpacto (p.p) fevereiro
Índice geral0,550,69
Alimentação e bebidas0,210,14
Habitação0,080,11
Artigos de residência0,020,05
Vestuário-0,01-0,03
Transportes-0,01-0,01
Saúde e cuidados pessoais0,050,08
Despesas pessoais0,180,07
Educação0,030,27
Comunicação0,000,01

Entre os alimentos, houve queda nos preços da batata inglesa (-9%), feijão carioca (-4,4%) e leite longa vida (-3,6%).

Já os problemas climáticos impulsionaram a alta do açaí (11,6%), hortaliças e verduras (11,4%) e do tomate (10,7%).

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos.

10 regiões metropolitanas do país são contempladas pela pesquisa, além de Brasília e os municípios de Goiânia e Campo Grande.

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O cálculo do índice de fevereiro compara os preços coletados no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro com aqueles vigentes entre 31 de dezembro e 29 de janeiro.

INPC

Além do IPCA, o IBGE calcula também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento entre 01 e 05 salários mínimos.

Este índice teve alta de 0,64% em fevereiro, praticamente estável em relação aos 0,63% de janeiro e abaixo dos 0,52% de fevereiro do ano passado.

No acumulado de 12 meses, a taxa foi para 5,38%, acima da taxa de 5,26% dos 12 meses anteriores.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,39%, enquanto os não-alimentícios subiram 0,75%. No mês passado, foi o contrário, com altas de 0,86% e 0,53%, respectivamente.

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