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João Pedro Caleiro
Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 09h01.
Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 09h39.
São Paulo – A inflação no Brasil foi de 0,18% em novembro, divulgou nessa sexta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de novembro veio menor do que a de outubro (0,18%) e é a menor para o mês desde 1998, quando houve queda de preços.
Isso leva o acumulado nos últimos 12 meses para 6,99% – bem menos do que os 7,87% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Ainda assim, segue acima da meta do governo de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).
No total de 2016 até agora, faltando apenas um mês, a taxa está em 5,97%, bem abaixo dos 9,62% registrados no mesmo período de 2015.
A inflação em queda, convergindo para o centro da meta em 2017, permite ao Banco Central ser mais agressivo no ciclo de corte de juros.
Dos 9 grupos pesquisados, 5 desaceleraram e 4 aceleraram em relação a outubro.
Alimentação e Bebidas, o grupo com maior peso no índice, aprofundou a queda e foi de -0,05% em outubro para -0,20% em novembro.
A maior queda foi nos preços do feijão carioca (-17,52%), seguido pelo tomate (-15,15%) e pela batata inglesa (-8,28%).
Entre os alimentos em alta aparece a cebola (6,09%), a farinha de mandioca (4,26%) e o pescado (3,47%).
Transportes caiu em relação ao mês anterior graças ao reflexo nas bombas de uma redução do preço da gasolina definida em 15 de outubro.
O grupo foi pressionado para cima por um reajuste de 47% nas multas de trânsito e um aumento de 4,71% no preço do etanol - que foi o item individual de maior impacto (0,14 ponto percentual) na inflação final em novembro.
O grupo Artigos de Residência caiu -0,16%, com impacto de baixas no preço de itens eletrodomésticos (-0,92%), assim como aparelhos de TV, som e informática (-0,92%).
As maiores altas foram em Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%), pressionado por uma alta de 1,07% nos planos de saúde, e em Despesas Pessoais (0,47%), onde pesou uma alta de 0,87% no item empregado doméstico.
Grupo | Variação outubro, em % | Variação novembro, em % |
---|---|---|
Índice Geral | 0,26 | 0,18 |
Alimentação e Bebidas | -0,05 | -0,20 |
Habitação | 0,42 | 0,30 |
Artigos de Residência | -0,13 | -0,16 |
Vestuário | 0,45 | 0,20 |
Transportes | 0,75 | 0,28 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,43 | 0,57 |
Despesas pessoais | 0,01 | 0,47 |
Educação | 0,02 | 0,06 |
Comunicação | 0,07 | 0,27 |
Grupo | Impacto outubro, em p.p. | Impacto novembro, em p.p. |
---|---|---|
Índice Geral | 0,26 | 0,18 |
Alimentação e Bebidas | -0,01 | -0,05 |
Habitação | 0,06 | 0,05 |
Artigos de Residência | 0 | -0,01 |
Vestuário | 0,03 | 0,01 |
Transportes | 0,13 | 0,05 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,05 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0 | 0,05 |
Educação | 0 | 0 |
Comunicação | 0 | 0,01 |