Economia

Inflação atinge 70% das linhas de produtos

É o maior resultado para o índice de difusão registrado em mais de quatro anos; o pico anterior foi atingido em maio de 2008, quando o indicador foi de 71,4%


	Um parte da disseminação dos aumentos de preços entre os itens que compõem o IPCA ocorre por causa da indexação prevista em contratos
 (USP Imagens)

Um parte da disseminação dos aumentos de preços entre os itens que compõem o IPCA ocorre por causa da indexação prevista em contratos (USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 13h52.

São Paulo - Além de mudar de patamar, a inflação em 2012 se espalhou, alimentada em boa parte pela indexação formal e informal de preços. Em dezembro, 70,7% dos itens que compõem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação, subiram.

É o maior resultado para o índice de difusão registrado em mais de quatro anos. O pico anterior foi atingido em maio de 2008, quando o indicador foi de 71,4%, segundo Fábio Ramos, economista da Quest Investimentos.

"Se expurgarmos os preços de comida e de vestuário que sobem nessa época do ano, 65% dos preços aumentaram em dezembro. É muita coisa", observa o economista.

Nas contas de Elson Teles, economista do Itaú Unibanco, o índice de difusão de dezembro, expurgando alimentos, é um pouco maior, de 68%. Diferenças à parte, Teles diz que esse resultado reforça a análise de que a inflação se espalhou.

Um parte da disseminação dos aumentos de preços entre os itens que compõem o IPCA ocorre por causa da indexação prevista em contratos, como de aluguéis, por exemplo, que seguem a variação acumulada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que reflete a inflação passada.

Outra parte se deve à indexação informal, isto é, aquela feita pelos próprios agentes econômicos com base na percepção que têm do movimento dos preços em geral. 

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraInflaçãoPreços

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame