Economia

Inflação abaixo da meta é desafio para o Banco Central, afirma diretor

Em julho, a inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 2,31%. A previsão do mercado para a inflação em 2020 é de 1,63%

Supermercado em Belo Horizonte: centro da meta oficial de inflação para 2020 é de 4% (Pedro Vilela/Getty Images)

Supermercado em Belo Horizonte: centro da meta oficial de inflação para 2020 é de 4% (Pedro Vilela/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 16h45.

Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 17h04.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade ainda tem desafios de política monetária à frente, uma vez que projeções e expectativas de inflação ainda não estão alinhadas com centro da meta. Em julho, a inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 2,31%. A previsão do mercado para a inflação em 2020 é de 1,63%.

O centro da meta oficial de inflação para 2020 é de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (5,5%) ou menos (2,5%). 

Em live promovida pelo Credit Suisse, Serra lembrou que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) o BC citou ajuste residual limitado por questões prudenciais, requerendo cautela e gradualismo adicional.

"Esse gradualismo a gente já está tendo", destacou.

O diretor também disse que juros mais baixos leva a um nível mais alto de câmbio, mas pontuou que não é tão simples fazer essa ligação para explicar a volatilidade cambial.

"É preciso colocar outras coisas no modelo para extrair essa conclusão, talvez incerteza dos agentes", afirmou ele.

Ele ponderou que o Brasil usou muita expansão fiscal no enfrentamento à crise, mesmo com um quadro de desequilíbrio das contas públicas. É natural que as variáveis que em geral refletem risco sintam isso, e a volatilidade do câmbio pode ser uma delas, acrescentou o diretor.

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