Exame Logo

Indústrias asiáticas têm retomada em encomendas

Aumento das encomendas reduz temores de desaceleração da economia, segundo os índices de gerentes de compras do governo (PMI)

O PMI oficial subiu para 51,0, acima das expectativas de 50,7 e maior que os 50,5 registrados em janeiro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 10h00.

Pequim/Bangalore - Os novos pedidos para a indústria da Ásia subiram em fevereiro, diminuindo alguns temores sobre a desaceleração da economia global, segundo índices de gerentes de compras divulgados nesta quinta-feira.

A indústria na China cresceu mais que o esperado em fevereiro com novos pedidos de exportação para grandes empresas se recuperando, de acordo com o índice de gerentes de compras do governo (PMI, na sigla em inglês). O PMI oficial subiu para 51,0, acima das expectativas de 50,7 e maior que os 50,5 registrados em janeiro.

Os PMIs do setor privado, também divulgados nesta quinta-feira, apontaram algumas melhoras na atividade industrial da China, Índia e Taiwan, apesar de mostrar que as empresas menores chinesas estão se recuperando com menos vigor que as maiores.

O PMI do HSBC da China ficou em 49,6, uma pequena alta em relação à leitura de janeiro de 48,8, mas ainda abaixo de 50 pontos -que separa expansão de contração.

As pesquisas sobre o setor manufatureiro, as primeiras indicações da atividade industrial da região, ofereceram sinais de uma recuperação da baixa dos últimos meses de 2011, causada pela vacilante demanda externa e as frágeis confianças do empresário e do consumidor. No entanto, a cena econômica estava longe de estar completa.

"Nós estamos naquele período familiar em que os indicadores das condições empresariais estão melhorando, embora os números ainda têm que refletir isso", afirmou o economista do Credit Suisse em Cingapura Robert Prior-Wandesforde.

As duas pesquisas de PMI também revelaram uma divergência nos pedidos de exportação, com o subíndice de novos pedidos de exportação do governo subindo para 51,1 em fevereiro, a primeira expansão em quatro meses e a maior leitura desde maio de 2011.

No entanto, o subíndice do PMI do HSBC de exportações caiu para o menor nível em oito meses para 47,5, sugerindo que os novos pedidos estão encolhendo.

Não é incomum que os dois índices tenham divergências. Eles usam diferentes fontes de pesquisa e o levantamento do governo é apenas parcialmente dessazonalizado -uma distinção vital, dada a interrupção dos ciclos de produção no começo do ano devido ao feriado de Ano Novo Lunar.

"Nos últimos seis anos, há uma alta na leitura dos PMIs no mês seguinte ao Ano Novo Chinês. Portanto, os dados do PMI em janeiro e fevereiro devem ser levados com um pouco de desconfiança", afirmou o economista do Bank of America/Merrill Lynch em Hong Kong Ting Lu, em nota aos clientes.

A economia da China registrou o menor crescimento em dois anos e meio no quarto trimestre de 2011. É altamente esperado que o crescimento em 2012 seja o mais fraco em uma década.

Veja também

Pequim/Bangalore - Os novos pedidos para a indústria da Ásia subiram em fevereiro, diminuindo alguns temores sobre a desaceleração da economia global, segundo índices de gerentes de compras divulgados nesta quinta-feira.

A indústria na China cresceu mais que o esperado em fevereiro com novos pedidos de exportação para grandes empresas se recuperando, de acordo com o índice de gerentes de compras do governo (PMI, na sigla em inglês). O PMI oficial subiu para 51,0, acima das expectativas de 50,7 e maior que os 50,5 registrados em janeiro.

Os PMIs do setor privado, também divulgados nesta quinta-feira, apontaram algumas melhoras na atividade industrial da China, Índia e Taiwan, apesar de mostrar que as empresas menores chinesas estão se recuperando com menos vigor que as maiores.

O PMI do HSBC da China ficou em 49,6, uma pequena alta em relação à leitura de janeiro de 48,8, mas ainda abaixo de 50 pontos -que separa expansão de contração.

As pesquisas sobre o setor manufatureiro, as primeiras indicações da atividade industrial da região, ofereceram sinais de uma recuperação da baixa dos últimos meses de 2011, causada pela vacilante demanda externa e as frágeis confianças do empresário e do consumidor. No entanto, a cena econômica estava longe de estar completa.

"Nós estamos naquele período familiar em que os indicadores das condições empresariais estão melhorando, embora os números ainda têm que refletir isso", afirmou o economista do Credit Suisse em Cingapura Robert Prior-Wandesforde.

As duas pesquisas de PMI também revelaram uma divergência nos pedidos de exportação, com o subíndice de novos pedidos de exportação do governo subindo para 51,1 em fevereiro, a primeira expansão em quatro meses e a maior leitura desde maio de 2011.

No entanto, o subíndice do PMI do HSBC de exportações caiu para o menor nível em oito meses para 47,5, sugerindo que os novos pedidos estão encolhendo.

Não é incomum que os dois índices tenham divergências. Eles usam diferentes fontes de pesquisa e o levantamento do governo é apenas parcialmente dessazonalizado -uma distinção vital, dada a interrupção dos ciclos de produção no começo do ano devido ao feriado de Ano Novo Lunar.

"Nos últimos seis anos, há uma alta na leitura dos PMIs no mês seguinte ao Ano Novo Chinês. Portanto, os dados do PMI em janeiro e fevereiro devem ser levados com um pouco de desconfiança", afirmou o economista do Bank of America/Merrill Lynch em Hong Kong Ting Lu, em nota aos clientes.

A economia da China registrou o menor crescimento em dois anos e meio no quarto trimestre de 2011. É altamente esperado que o crescimento em 2012 seja o mais fraco em uma década.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômico

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame