Economia

Indústria retrai 1,8%; SP tem primeira recuperação desde abril

A produção industrial em agosto caiu em sete dos doze locais pesquisados pelo IBGE em relação ao mesmo mês do ano passado. Com queda geral de 1,8% foi impactada pelos resultados negativos de Bahia (-11,4%), Santa Catarina (-6,5%), Rio de Janeiro (-4,6%), região Sul (-2,5%), Ceará (-1,9%) e Rio Grande do Sul (-0,7%). A indústria […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

A produção industrial em agosto caiu em sete dos doze locais pesquisados pelo IBGE em relação ao mesmo mês do ano passado. Com queda geral de 1,8% foi impactada pelos resultados negativos de Bahia (-11,4%), Santa Catarina (-6,5%), Rio de Janeiro (-4,6%), região Sul (-2,5%), Ceará (-1,9%) e Rio Grande do Sul (-0,7%). A indústria paulistana registrou o primeiro índice positivo desde abril (1%), confirmando o resultado do Indicador da Atividade Industrial (INA) da Federação das Indústrias de São Paulo. Naquele mês, a Fiesp tinha apurado um crescimento de 0,3% em relação a julho.

A indústria do Espírito Santo, com crescimento de 11,6%, manteve a liderança do desempenho regional, impulsionada pelo aumento extração de petróleo. AS taxas positivas foram: Pernambuco (6,7%), São Paulo (1,0%), Paraná (0,2%) e Minas Gerais (0,1%). É a primeira taxa positiva da indústria pernambucana desde fevereiro deste ano. A taxa de 1% registrada em São Paulo foi a primeira variação positiva neste índice desde abril.

No indicador acumulado para o período janeiro-agosto, que em nível nacional apresentou queda de 0,5%, foi possível verificar a influência das exportações, da agroindústria e da extração de petróleo sobre a dinâmica do setor industrial em 2003. De forma geral, foram as áreas onde há uma importância maior desses fatores que exibiram os índices acima da média nacional nos primeiros oito meses do ano: Espírito Santo (17,3%), Paraná (2,9%), Rio Grande do Sul (1,9%), região Sul (0,6%) e Bahia (0,2%).

Entre as áreas com índices negativos, Rio de Janeiro (-0,4%) e São Paulo (-0,8%) apresentaram resultados bem próximos à média nacional. Em Santa Catarina (-3,8%), Nordeste (-2,1%), Ceará (-2,2%), Pernambuco (-2,0%) e Minas Gerais (-1,7%), locais onde o setor industrial é relativamente mais voltado para o mercado interno, as reduções no ritmo de atividade foram mais significativas.

A pesquisa industrial mensal de produção física (PIM-PF) avalia vinte ramos industriais nacionalmente. Regionalmente, são pesquisados doze locais, nos quais são selecionados os ramos industriais mais significativos.

São Paulo

Após quatro meses consecutivos em queda, a indústria de São Paulo voltou, em agosto, a assinalar aumento em sua produção na comparação com igual mês do ano passado (1%). Com esse resultado positivo, o indicador acumulado no ano registrou um ligeiro avanço, passando de -1,1% em janeiro-julho para -0,8% em janeiro-agosto e o acumulado nos últimos doze meses reverteu a trajetória de queda, também presente em quatro meses seguidos, com 0,4% de crescimento.

A taxa global de 1,0% registrada no comparativo com agosto de 2002 resultou da expansão em oito dos 19 setores investigados. O principal aumento ocorreu na indústria química (8,0%). Em contraste, entre os 11 setores com desempenho negativo, cabe destacar a indústria farmacêutica (-27,1%) e de bebidas (-31,2%).

A produção acumulada em janeiro-agosto mostrou em nível setorial uma predominância de resultados negativos que alcançaram 11 dos 19 setores pesquisados. As reduções que mais pressionaram a taxa global foram observadas também em farmacêutica (-20,8%), além de material de transporte (-4,6%). A indústria mecânica, com expansão de 7,1%, exerceu neste confronto o principal impacto positivo na formação da taxa global.

Construção civil

O Produto da Construção Civil (soma dos valores produzidos no país pelo setor) poderá apresentar uma queda de 7,9% em 2003 em relação ao ano passado. Essa é a estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), com base nos dados do departamento de consultoria da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (GV Consult). Se for concretizada, a redução deste ano será recorde, a maior desde 1990, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alterou a metodologia de cálculo do produto. Até agora, a maior baixa registrada é a de 1992, quando foi constatada retração de 6,3%.

A previsão anterior, realizada em janeiro passado, esperava uma redução de 4,4%. Se de fato a queda for verificada, este será o terceiro ano consecutivo que a construção civil registrará decréscimo em sua produção. No ano passado, a queda foi de 2,52% e em 2001, de 2,60%. O SindusCon-SP avalia que o setor tem potencial de crescer anualmente entre 3% e 5%.

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