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Indústria química diz que setor pode alavancar economia

O presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, reúne-se hoje com o presidente interino Michel Temer para fazer uma explanação sobre o potencial do setor

Química: "Queremos transformar esse potencial em política industrial para agregar valor aos recursos naturais brasileiros no próprio Brasil" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 10h59.

O presidente interino, Michel Temer , se reúne na manhã de hoje (27) com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo. Na reunião, Figueiredo fará uma explanação sobre o potencial deste setor e sua influência enquanto base para toda a cadeia produtiva da economia , a exemplo do que ocorre com a indústria petroquímica .

“Estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Cambridge nos apontam como o segundo setor com maior capacidade para alavancar a economia, atrás apenas da indústria petrolífera. Há química em tudo, desde o seu sapato, o perfume que você usa, cosméticos, medicamentos e até mesmo o seu próprio corpo é química. Além disso, o valor que agregamos aos nossos produtos é seis vezes maior do que o valor agregado em produtos petrolíferos. E nossos trabalhadores têm remuneração 80% acima da média salarial da indústria em geral”, disse o presidente da Abiquim à Agência Brasil.

Segundo Figueiredo, a indústria química está na base de toda cadeia produtiva, o que leva à conclusão de que para desenvolver a cadeia industrial brasileira é necessário que o país tenha uma produção química competitiva.

Outro fator que coloca o Brasil – e também os Estados Unidos – em uma posição privilegiada no mercado mundial é seu grande mercado interno. “Nosso país têm produtos petrolíferos, gás e biodiversidade em grande quantidade. Precisamos aproveitar isso. E é disso que conversarei com o presidente [interino]. Queremos transformar esse potencial em política industrial para agregar valor aos recursos naturais brasileiros no próprio Brasil”.

Apesar da crise pela qual passa o país, Figueiredo diz que o setor químico sente com menor intensidade seus efeitos, na comparação com outros setores da economia. “Nos últimos 12 anos, foi a primeira vez que houve queda de vagas em nosso setor. E mesmo assim, se comparado a outros setores, foi uma queda pequena, de 1,5%."

Até o déficit do setor na balança comercial demonstra, segundo o presidente da Abiquim, o grande potencial de mercado ainda a ser explorado. Historicamente, o Brasil importa muito mais produtos químicos do que exporta.

Em geral, exporta-se commodities e importa-se produtos químicos com valor agregado. Só no primeiro semestre de 2016, o déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 10,3 bilhões.

Entre julho de 2015 e julho de 2016, o déficit ficou em US$ 23,2 bilhões. Segundo ele, o que esses números mostram são “oportunidades, uma vez que para cada R$1 exportado, R$2,5 são importados”.

Após reunir-se com os representantes da Abiquim, o presidente interino participará de um ato assinatura de decretos de promoção de oficiais generais.

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O presidente interino, Michel Temer , se reúne na manhã de hoje (27) com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo. Na reunião, Figueiredo fará uma explanação sobre o potencial deste setor e sua influência enquanto base para toda a cadeia produtiva da economia , a exemplo do que ocorre com a indústria petroquímica .

“Estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Cambridge nos apontam como o segundo setor com maior capacidade para alavancar a economia, atrás apenas da indústria petrolífera. Há química em tudo, desde o seu sapato, o perfume que você usa, cosméticos, medicamentos e até mesmo o seu próprio corpo é química. Além disso, o valor que agregamos aos nossos produtos é seis vezes maior do que o valor agregado em produtos petrolíferos. E nossos trabalhadores têm remuneração 80% acima da média salarial da indústria em geral”, disse o presidente da Abiquim à Agência Brasil.

Segundo Figueiredo, a indústria química está na base de toda cadeia produtiva, o que leva à conclusão de que para desenvolver a cadeia industrial brasileira é necessário que o país tenha uma produção química competitiva.

Outro fator que coloca o Brasil – e também os Estados Unidos – em uma posição privilegiada no mercado mundial é seu grande mercado interno. “Nosso país têm produtos petrolíferos, gás e biodiversidade em grande quantidade. Precisamos aproveitar isso. E é disso que conversarei com o presidente [interino]. Queremos transformar esse potencial em política industrial para agregar valor aos recursos naturais brasileiros no próprio Brasil”.

Apesar da crise pela qual passa o país, Figueiredo diz que o setor químico sente com menor intensidade seus efeitos, na comparação com outros setores da economia. “Nos últimos 12 anos, foi a primeira vez que houve queda de vagas em nosso setor. E mesmo assim, se comparado a outros setores, foi uma queda pequena, de 1,5%."

Até o déficit do setor na balança comercial demonstra, segundo o presidente da Abiquim, o grande potencial de mercado ainda a ser explorado. Historicamente, o Brasil importa muito mais produtos químicos do que exporta.

Em geral, exporta-se commodities e importa-se produtos químicos com valor agregado. Só no primeiro semestre de 2016, o déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 10,3 bilhões.

Entre julho de 2015 e julho de 2016, o déficit ficou em US$ 23,2 bilhões. Segundo ele, o que esses números mostram são “oportunidades, uma vez que para cada R$1 exportado, R$2,5 são importados”.

Após reunir-se com os representantes da Abiquim, o presidente interino participará de um ato assinatura de decretos de promoção de oficiais generais.

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