Economia

Indústria de SP recupera perdas causadas pela greve dos caminhoneiros

De acordo com o relatório, as vendas foram o fator que impulsionaram a recuperação do setor no mês de junho, com um crescimento de 24,7%

Setor da indústria: apesar de o indicador apontar uma variação positiva no mês de junho, o resultado não indica recuperação da atividade da indústria paulista (Eduardo Knapp/Folha de S.Paulo)

Setor da indústria: apesar de o indicador apontar uma variação positiva no mês de junho, o resultado não indica recuperação da atividade da indústria paulista (Eduardo Knapp/Folha de S.Paulo)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de julho de 2018 às 13h56.

O setor industrial paulista apresentou recuperação das perdas sofridas por conta da greve dos caminhoneiros no mês de maio, com um crescimento de 12,1% no Indicador de Nível de Atividade (INA) no mês de junho. O índice é medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado (Ciesp).

De acordo com o relatório, as vendas foram o fator que impulsionaram a recuperação do setor no mês de junho, com um crescimento de 24,7%, após ceder 16,6% em maio, de acordo com o índice da Variável de Vendas Reais.

Outros grupos de fatores também apresentaram crescimento, como Horas Trabalhadas na Produção, com 0,9%, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada, com 1,2%.

Apesar de o indicador apontar uma variação positiva no mês de junho deste ano em comparação ao ano passado (7,2% contra 4,2% em 2017), o resultado não indica recuperação da atividade da indústria paulista.

De acordo com o presidente em exercício da Fiesp e Ciesp, José Ricardo Roriz Coelho, o que se verificou foi uma recuperação das perdas em razão da greve dos caminhoneiros, mas o que mantém incertezas quanto às projeções no setor. "Em relação a projeções futuras, nos preocupam ainda as incertezas constantes. Elas afetam os empresários, que ficam receosos para investir. Sem investimento não temos recuperação do emprego, que é fator determinante para recuperação de renda e melhora da situação da capacidade ociosa das empresas, hoje perto de 30%. Estamos longe de começar uma recuperação".

O setor que se destacou no crescimento apresentado pelo INA foi o de móveis, que apontou crescimento de 15,9% das atividades, seguido setor de produtos farmacêuticos, que avançou 2% no mês de junho.

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