Economia

Indústria cresce e volta a contratar pela 1ª vez em quase 3 anos

O PMI do setor chegou a 51,2 em outubro, sobre 50,9 em setembro, na terceira melhora seguida das condições operacionais

Indústria: dados são da pesquisa PMI referente a outubro (Nacho Doce/Reuters)

Indústria: dados são da pesquisa PMI referente a outubro (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 10h17.

São Paulo - A atividade da indústria brasileira apresentou crescimento pelo terceiro mês seguido em outubro e chegou ao nível mais alto em cinco meses, iniciando o quarto trimestre com contratações pela primeira vez em quase três anos, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.

Os dados divulgados pelo IHS Markit mostram que o PMI do setor chegou a 51,2 em outubro, sobre 50,9 em setembro, na terceira melhora seguida das condições operacionais.

O avanço no mês passado teve como base o crescimento contínuo dos novos trabalhos, pelo oitavo mês seguido, o que levou as empresas a elevarem o volume de produção. Entre os três grupos monitorados, somente o de bens de consumo mostrou contração no mês.

Com novos projetos em fase de preparação, os empresários do setor aumentaram o nível de empregos pela primeira vez desde fevereiro de 2015, o que segundo o IHS Markit "representou uma mudança de direção importante em relação às contrações acentuadas observadas no início do ano".

O número de funcionários aumentou, de acordo com o PMI, tanto no subsetor de bens de consumo quanto no de bens intermediários.

Entretanto, a indústria registrou a primeira queda no volume de novos negócios provenientes do exterior desde abril, com algumas empresas citando vendas mais fracas para os Estados Unidos e menor demanda global.

A pesquisa mostrou ainda que houve relatos de preços mais altos de energia, plásticos, papelão, metais e combustiveis, levando a novo aumento da taxa de inflação de insumos. Diante disso, a elevação dos preços de fábrica chegou a um pico de sete meses.

Mas mesmo com as indicações de melhora, o nível de otimismo diminuiu em outubro e foi ao menor patamar em 19 meses, uma vez que as preocupações com a demanda básica prevaleceram sobre as projeções de vendas mais elevadas para exportações e condições econômicas melhores.

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