Economia

Indústria brasileira atribui a Copa queda de faturamento

Indústria teve uma redução de 5,7% no faturamento em relação a maio, queda atribuída aos feriados e a diminuição das vendas durante a Copa


	Trabalhador da indústria: uso da capacidade instalada de junho é o mais baixo desde 2009
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Trabalhador da indústria: uso da capacidade instalada de junho é o mais baixo desde 2009 (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h32.

São Paulo - A indústria brasileira utilizou 80,1% de sua capacidade em junho e teve uma redução de 5,7% no faturamento em relação a maio, queda atribuída aos feriados e a diminuição das vendas durante a Copa do Mundo, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A utilização da capacidade instalada em junho, quando começou o Mundial, foi 0,05% menor que a de maio deste ano e 2,5% inferior à do mesmo período do ano passado.

Segundo a CNI, o uso da capacidade instalada de junho é o mais baixo desde 2009.

O número de horas trabalhadas no setor industrial caiu 3% em junho em comparação a maio, quarta queda consecutiva na comparação mensal e a maior desde maio de 2013, e 5,2% em relação a junho de 2013.

O emprego também caiu pelo quarto mês consecutivo e retrocedeu 0,5% em junho. Na comparação anual, a redução foi de 0,1%.

A massa salarial sofreu uma retração de 0,8% em relação a maio, mas aumentou 0,2% comparado com junho de 2013, enquanto o rendimento médio real do salário teve alta de 0,1% em junho após três meses seguidos de queda.

Nos primeiros seis meses do ano, as horas trabalhadas caíram 2,2%, o emprego aumentou 0,9% e o salário subiu 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, indicou o relatório.

"A situação industrial continua preocupando em 2014", segundo a CNI.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira caiu 6,9% em junho em relação ao mesmo mês de 2013, o pior resultado mensal desde 2009.

A CNI também atribuiu a queda à Copa, realizada entre 12 de junho e 13 de julho, quando foram declarados vários feriados para facilitar a mobilidade dos torcedores, férias coletivas em alguns setores e foram reduzidos turnos de trabalho em várias áreas industriais.

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