Economia

Indústria alimentícia prevê alta de 7% nas vendas no ano

Setor reclama da falta de mão de obra, mas mostra otimismo também para 2012

A indústria de alimentos deve alcançar R$ 400 bilhões de faturamento em 2012 (Stock.xchng)

A indústria de alimentos deve alcançar R$ 400 bilhões de faturamento em 2012 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 15h54.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, traçou hoje um cenário bastante otimista para o setor neste e no próximo ano. A previsão dele é de que as vendas reais deste segmento fechem 2011 com crescimento de 7%. Para o próximo ano, o setor deverá registrar expansão de 7% a 7,5% nas vendas reais, disse Klotz, durante evento realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.

Assim como representantes de outros setores no evento, Klotz reclamou da escassez de mão de obra. Em 2011, o emprego na indústria da alimentação cresceu 4%, mas não foi o suficiente para atender à demanda. Um indicador desta escassez de mão de obra, segundo o executivo, é que a produção física na indústria da alimentação deverá crescer 5% neste e no próximo ano. O faturamento da indústria da alimentação deverá chegar ao fim de 2012 somando R$ 400 bilhões. No ano passado, o faturamento foi de R$ 330 bilhões e neste ano deverá ficar entre R$ 370 bilhões e 380 bilhões.

Ainda de acordo com Klotz, o setor será beneficiado pela desvalorização cambial e pelas commodities, cujos preços não devem cair porque as reservas mundiais estão muito baixas. "O mundo hoje não está abastecido como estava há quatro ou cinco anos", disse o executivo, acrescentando que parte do otimismo do setor deve-se também ao aumento dos investimentos das empresas instaladas no País e porque cada vez mais novos investimentos estão chegando.

Klotz também destacou o comportamento da balança comercial da indústria alimentícia, de US$ 33 bilhões no ano passado. Enquanto as exportações em 2010 somaram US$ 37 bilhões, as importações foram de apenas US$ 4 bilhões. "Nosso setor quase não importa e mesmo assim esses US$ 4 bilhões de importações se deram pela cadeia do trigo, já que nós não produzimos o suficiente para atender à demanda", afirmou.

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