Economia

Índia prepara cúpula dos BRIC para reativar economia mundial

O grupo tenta um acordo interbancário para facilitar o comércio e os investimentos de seus países-membros

Além de assinar acordos bilaterais, Dilma se reunirá com líderes indianos e receberá um doutorado honoris causa por parte da Universidade de Délhi (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Além de assinar acordos bilaterais, Dilma se reunirá com líderes indianos e receberá um doutorado honoris causa por parte da Universidade de Délhi (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 10h22.

Nova Délhi - Os líderes dos países BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) viajam esta semana à capital indiana para participar da quarta cúpula do grupo, com o desafio, entre outros, de reativar o crescimento mundial.

A presidente brasileira é presença confirmada na capital indiana, assim como os presidentes da China, Hu Jintao; da Rússia, Dmitri Medvedev; e da África do Sul, Jacob Zuma. Dilma prolongará sua estadia por dois dias para fazer uma visita de estado ao país asiático.

Nesta ocasião, segundo afirmou em comparecimento perante a imprensa o secretário indiano encarregado dos BRIC, Sudhir Vyas, a cúpula anual do grupo pretende fechar uma declaração política, com uma menção ao Oriente Médio, e um plano de ação.

'A agenda não é fixa e olha para frente. Trabalhamos sobre a base do consenso, e o consenso se alcança após negociação, portanto não podemos antecipar o conteúdo do encontro', afirmou Vyas, que não confirmou se haverá uma menção à crise aberta com o Irã.

Segundo o secretário, o grupo tenta um acordo interbancário para facilitar o comércio e os investimentos de seus países-membros, mas de acordo com ele ainda são necessárias análises para dar o sinal verde à criação de um novo banco de investimentos.

'Trata-se de facilitar a existência de créditos com as moedas locais, algo que poderia reduzir os custos das partes envolvidas. A criação de um banco único de investimentos requer muito trabalho, e há uma análise em andamento', disse Vyas.

A Índia garantiu que a segurança será suficiente para que a cúpula se desenvolva sem problemas, embora as ruas da capital tenham sido cenário de protestos de grupos tibetanos contra a visita do dirigente chinês, e uma pessoa chegou a atear fogo no próprio corpo.

De acordo com o plano oficial, as reuniões começarão nesta quarta-feira com um banquete oferecido pela presidente indiana, Pratibha Patil, e a parte política se desenvolverá na quinta-feira e incluirá reuniões bilaterais por parte da Índia com os países convidados.

Junto com os líderes convidados, a Índia realizará reuniões entre os ministros responsáveis pelas pastas de Relações Exteriores e Finanças, entre outros, assim como encontros empresariais, de grupos de estudos e fóruns de debate.

Posteriormente, a presidente brasileira aproveitará sua viagem para realizar durante dois dias sua primeira visita de estado à Índia, considerado parceiro estratégico, depois que seu antecessor, Lula, fez três visitas ao país.

Além de assinar vários acordos bilaterais, Dilma se reunirá com líderes indianos, visitará o Taj Mahal e será agraciada com um doutorado 'honoris causa' por parte da Universidade de Délhi, segundo afirmou nesta segunda-feira o secretário indiano para os BRIC. 

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