Índia e EUA lançam associação econômica e financeira
Nova Delhi - Índia e Estados Unidos lançaram nesta terça-feira discussões de alto nível sobre uma associação econômica e financeira visando a reforçar seus intercâmbios bilaterais, muitas vezes ofuscados pelas relações comerciais entre americanos e chineses. Esta associação a longo prazo centrada na política macroeconômica, a regulação financeira e o financiamento de projetos de infra-estruturas […]
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2010 às 15h59.
Nova Delhi - Índia e Estados Unidos lançaram nesta terça-feira discussões de alto nível sobre uma associação econômica e financeira visando a reforçar seus intercâmbios bilaterais, muitas vezes ofuscados pelas relações comerciais entre americanos e chineses.
Esta associação a longo prazo centrada na política macroeconômica, a regulação financeira e o financiamento de projetos de infra-estruturas foi apresentada de forma oficial por ocasião de visita à Índia do secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner.
O ministro indiano das Finanças, Pranab Mukherjee, classificou a iniciativa de "etapa importante" que deverá agregar uma "nova dimensão" aos laços já tecidos entre a primeira e a quarta economia mundial em termos de Produto Interno Bruto (PIB), ao final de uma entrevista com Geithner. Os dois países assinaram em meados de março um programa de cooperação sobre o comércio e investimentos.
Estados Unidos e Índia estão cada vez mais confrontados com um desafio urgente: assegurar-se de que os benefícios do crescimento sejam compartilhados por todos, acrescentou Geithner.
Ele também pediu ao primeiro-ministro indiano Manmohan Singh uma abertura maior do mercado do gigante asiático, fortemente regulado.
Esta associação havia sido anunciada em novembro passado pelo presidente Barack Obama durante a visita do primeiro-ministro indiano a Washington.
Os fluxos comerciais em bens e serviços entre os dois países duplicaram em cinco anos até alcançar 66 bilhões de dólares em 2008. Se antes se concentravam no comércio e os serviços terceirizados, agora se centram mais nos investimentos.
Nesse sentido, os investimentos diretos dos dois países chegaram a 21 bilhões de dólares em 2008, segundo o Tesouro americano, uma cifra ainda modesta em comparação aos fluxos entre Estados Unidos e Europa ou China.