Economia

Inatividade ajuda a segurar taxa de desemprego

Inatividade vem aumentando não pela eliminação de vagas, mas sim pela diminuição no número de pessoas em busca de emprego


	Emprego: população, principalmente acima de 50 anos, busca menos trabalho
 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Emprego: população, principalmente acima de 50 anos, busca menos trabalho (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 14h59.

Rio - O aumento da inatividade ainda vem ajudando a manter a taxa de desemprego em mínimas históricas nas principais regiões metropolitanas do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em julho, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram a menor taxa de desemprego para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em março de 2002. "A gente percebe, de fato, uma migração importante para essa população não economicamente ativa", disse Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

No entanto, a pesquisadora frisa que a inatividade vem aumentando não pela eliminação de vagas, mas sim pela diminuição no número de pessoas em busca de emprego.

"O que a gente percebe é que cada vez mais têm entrado pessoas de 50 anos ou mais nas amostras (da população inativa). Além dessas, na parte mais velha da distribuição etária, a gente percebe também pessoas mais jovens. Então são os dois extremos de distribuição etária (na inatividade), principalmente mulheres. Tanto que o nível da ocupação daquelas pessoas de 25 a 49 anos não tem prejuízo", ressaltou Adriana.

Os dados da pesquisa não mostram redução na ocupação, mas tampouco apontam uma geração de novas vagas no mercado de trabalho.

"A gente não vive um processo de dispensa generalizado na economia. Por outro lado, a gente não tem observado movimento mais intenso de geração de postos de trabalho. Pelo lado da oferta de mão de obra, de fato a gente não tem observado uma pressão muito forte dessa população em busca de trabalho", apontou.

"Simultaneamente, são esses dois fenômenos que juntos contribuem para que a taxa de desocupação fique em patamares baixos. Não é apenas o lado da redução da procura. Você tem menos geração de postos, mas também não tem dispensa de trabalhadores generalizada", acrescentou.

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