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Inadimplência cai a 4,8% em março, spread também cede, diz BC

No período, o spread bancário no mesmo segmento foi a 33,7 pontos percentuais no mesmo segmento

Banco Central: inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 4,8 por cento em março, ante 5,0 por cento em fevereiro, divulgou BC (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2018 às 10h43.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 11h25.

Brasília - A inadimplência no Brasil caiu a 4,8 por cento em março, ante 5,0 por cento em fevereiro, com os empréstimos ficando mais baratos em meio ao ciclo de afrouxamento nos juros conduzido pelo Banco Central .

Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo BC, são referentes ao segmento de recursos livres, em que as taxas de juros são livremente definidas pelos bancos.

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Neste recorte, os juros médios foram a 41,4 por cento ao ano em março, redução de 0,8 ponto percentual sobre fevereiro, interrompendo dois meses de alta consecutiva.

Segundo o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, as concessões das modalidades mais caras voltaram a pesar menos nas estatísticas após o final de ano, explicando a queda nos juros médios agora.

Num quadro de fraca inflação e crescimento irregular da economia, o BC prosseguiu o ciclo de cortes na Selic em março, levando a taxa ao patamar histórico de 6,50 por cento ao ano. Diante da permanência do mesmo cenário econômico, a expectativa é de novo corte em maio.

O BC informou ainda que o spread bancário --diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final-- cedeu 0,4 ponto sobre o mês anterior, passando a 33,7 pontos percentuais.

No acumulado do primeiro trimestre, contudo, o quadro ainda é de crédito mais caro a despeito da inadimplência menor e do ciclo de afrouxamento monetário do BC.

De janeiro a março, a inadimplência no segmento de recursos livres caiu 0,1 ponto. Ao mesmo tempo, os juros médios subiram 1,1 ponto e o spread bancário avançou 1,9 ponto percentual.

Estoque

O estoque de crédito total do Brasil subiu 0,6 por cento em março sobre o mês anterior, a 3,082 trilhões reais, número que considera também o saldo de crédito direcionado. Com isso, alcançou 46,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

No primeiro trimestre, o estoque teve retração de 0,3 por cento, exibindo alta de 0,1 por cento no acumulado em 12 meses.

Para o ano, a expectativa do BC é de que haja avanço de 3,5 por cento em 2018, puxado pelo avanço no crédito livre.

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