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Impasse com Monsanto sobre royalties de soja persiste

Indústrias de soja do Brasil ainda não chegaram a um acordo com a empresa de biotecnologia Monsanto, em um impasse que se arrasta há meses

Logo da Monsanto: principais empresas do setor de processamento e exportação de soja estão receosas de fechar um acordo (Daniel Acker/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 13h37.

São Paulo - As grandes indústrias de soja do Brasil ainda não chegaram a um acordo com a empresa de biotecnologia Monsanto , em um impasse que se arrasta há meses, para a cobrança de royalties sobre uma nova variedade de soja transgênica, informou nesta quinta-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

No mês passado, uma fonte de uma pequena empresa exportadora disse à Reuters que havia fechado acordo para fiscalizar, no momento do recebimento dos grãos, a cobrança dos royalties da nova soja Intacta RR2 Pro, da Monsanto. A multinacional norte-americana pagaria uma taxa pelo serviço de monitoramento e cobrança.

No entanto, o comunicado desta quinta-feira demonstra que as principais empresas do setor de processamento e exportação de soja estão receosas de fechar um acordo com implicações jurídicas com a Monsanto.

"Os riscos de eventuais embaraços futuros pela Monsanto à comercialização e industrialização da soja Intacta... poderão fazer com que os processadores e tradings não possam receber aquela soja", disse a Abiove.

Em julho, a Abiove já havia dito que o impasse ameaçava o recebimento da soja que está sendo plantada na atual safra 2014/15. A estimativa da entidade é que a nova genética estará presente em cerca de 25 por cento das lavouras brasileiras nesta temporada.

Segundo a Abiove, a Monsanto não tem um plano de negócios para realizar por conta própria o monitoramento do plantio da soja Intacta e cobrar os royalties de produtores que utilizarem sementes salvas de colheitas passadas e depende de um acordo com as indústrias para realizar essa fiscalização.

A Monsanto não comentou imediatamente o assunto.

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No mês passado, uma fonte de uma pequena empresa exportadora disse à Reuters que havia fechado acordo para fiscalizar, no momento do recebimento dos grãos, a cobrança dos royalties da nova soja Intacta RR2 Pro, da Monsanto. A multinacional norte-americana pagaria uma taxa pelo serviço de monitoramento e cobrança.

No entanto, o comunicado desta quinta-feira demonstra que as principais empresas do setor de processamento e exportação de soja estão receosas de fechar um acordo com implicações jurídicas com a Monsanto.

"Os riscos de eventuais embaraços futuros pela Monsanto à comercialização e industrialização da soja Intacta... poderão fazer com que os processadores e tradings não possam receber aquela soja", disse a Abiove.

Em julho, a Abiove já havia dito que o impasse ameaçava o recebimento da soja que está sendo plantada na atual safra 2014/15. A estimativa da entidade é que a nova genética estará presente em cerca de 25 por cento das lavouras brasileiras nesta temporada.

Segundo a Abiove, a Monsanto não tem um plano de negócios para realizar por conta própria o monitoramento do plantio da soja Intacta e cobrar os royalties de produtores que utilizarem sementes salvas de colheitas passadas e depende de um acordo com as indústrias para realizar essa fiscalização.

A Monsanto não comentou imediatamente o assunto.

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