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Imigrantes e filhos fundaram 43% das maiores empresas dos EUA

A conclusão é de um estudo do Center for American Entrepreneurship com base na edição 2017 do Fortune 500

Steve Jobs, fundador da Apple (Steve Jobs/Reprodução)

João Pedro Caleiro

Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 23 de dezembro de 2017 às 08h00.

São Paulo - Quase metade das 500 maiores empresas dos Estados Unidos foram fundadas por imigrantes ou filhos de imigrantes.

A conclusão é de um estudo do Center for American Entrepreneurship (Centro para o Empreendedorismo Americano), um think tank criado em julho.

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A base de dados utilizada foi a edição 2017 do Fortune 500, uma lista publicada desde 1955 pela revista Fortune com as 500 maiores empresas americanas por receita total.

18,4% das empresas na lista foram fundadas por pelo menos um imigrante. Um exemplo é o Google, que tem entre seus fundadores Sergey Brin, nascido na Rússia e que hoje preside sua matriz, a Alphabet.

Além disso, 24% tem entre seus fundadores pelo menos um(a) descendente direta de um imigrantes. É o caso da Apple de Steve Jobs, filho de um imigrante sírio.

No total, são 216 empresas com raízes imigrantes, ou 43% do total da lista. A presença é ainda mais acentuada entre as maiores das maiores: 57% do top 35 têm raízes imigrantes.

Algumas são centenárias. Henry Ford era filho de um imigrante irlandês, Walt Disney era filho de um canadense e Estée Lauder (da Clinique) era filha de húngaros.

Há uma variação grande entre os setores. 45% das empresas de alta tecnologia foram fundadas por imigrantes ou seus filhos: é o caso, por exemplo, da Tesla de Elon Musk, nascido na África do Sul.

As porcentagens são menores nos setores de saúde (5%), mídia e entretenimento (9%) e serviços para negócios (14%).

"O resultados são impressionantes e devem ser considerados com cuidado pelos governantes enquanto eles seguem deliberando sobre o destino dos 800 mil ditos DREAMers – imigrantes sem documentos trazidos ilegalmente aos Estados Unidos quando crianças - e da política de imigração americana de forma geral", diz o material de divulgação do estudo.

Em abril, um grupo de 1.470 economistas (incluindo 6 vencedores do Prêmio Nobel) enviou uma carta aberta a Donald Trump e outros líderes políticos americanos defendendo os benefícios da imigração.

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