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Ilan defende reformas para elevar produtividade e crescimento

Segundo ele, o Brasil está deixando de ser jovem, "o que reforça ainda mais a necessidade de se mudar as regras atuais da Previdência Social"

Ilan: para ele, quanto mais o Brasil perseverar no caminho de ajuste e reformas, mas rápida será a retomada da economia (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 15h38.

São Paulo  - O presidente do Banco Central , Ilan Goldfajn, defendeu nesta segunda-feira reformas para aumentar a produtividade e o crescimento de longo prazo da economia brasileira , bem como da seguridade social.

Segundo ele, o Brasil está deixando de ser jovem, "o que reforça ainda mais a necessidade de se mudar as regras atuais da Previdência Social".

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O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência, protocolou na quinta-feira parecer favorável ao texto enviado pelo governo do presidente Michel Temer na Comissão de Constituição de Justiça da Câmara dos Deputados.

Para Ilan, quanto mais o Brasil perseverar no caminho de ajuste e reformas, mas rápida será a retomada da economia.

Ele afirmou que a PEC do teto dos gastos, que deve ser votada em segundo turno no Senado na terça-feira precisa ser acompanhada de mudanças na Previdência.

"Devemos nos manter perseverantes e serenos para fazer a economia voltar a crescer", afirmou Ilan durante pronunciamento em evento em São Paulo.

O presidente do BC ainda destacou o papel da autoridade monetária no controle da inflação, que leva "à queda sustentável dos juros", com efeitos no crescimento.

"É condição necessária para a retomada econômica", disse.

Em novembro, o BC cortou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75 por cento ao ano, e sinalizou que poderá aumentar o passo no encontro de janeiro.

O resultado melhor do que o esperado do IPCA de novembro, divulgado na semana passada, ajudou a reforçar essa leitura.

Ilan avaliou que a política monetária tem sido efetiva e lembrou que ao final do ano passado a inflação estava em 10,7 por cento, enquanto as expectativas medidas pela pesquisa Focus apontam para algo em torno de 6,5 por cento no final deste ano.

"Para 2017, as expectativas recuaram para em torno de 4,9 por cento e encontram-se ao redor de 4,5 por cento para 2018 e horizontes mais distantes", afirmou Ilan.

Há, no entanto, alguns sinais de pausa na desinflação de alguns componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, destacou o presidente do BC.

"Todavia, surpresas positivas na inflação e a fraqueza na atividade tornam mais provável a retomada do processo de desinflação desses componentes."

Na ata do último encontro do Copom, a fraqueza da atividade foi destaque para justificar a discussão de um corte maior da Selic em janeiro.

Nesta segunda-feira, Ilan reforçou que o BC é sensível ao nível de atividade na sua tomada de decisões e destacou que, em ambientes com expectativas de inflação ancoradas, os custos de desinflação são levados em conta nas decisões de política monetária.

"Nesses últimos meses foi importante ancorar as expectativas e derrubar a inflação."

Ilan destacou ainda que a "política monetária não substitui, mas complementa outras políticas do governo".

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