O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil (Paulo Whitaker/Reuters)
Isabela Rovaroto
Publicado em 17 de agosto de 2021 às 08h14.
Última atualização em 17 de agosto de 2021 às 09h44.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta a 1,18% em agosto depois de subir 0,18% em julho, segundo os dados informados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O dado deste mês ficou levemente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,10%.
Com esse resultado, o índice acumula alta de 16,88% no ano e de 32,84% em 12 meses. Em agosto de 2020, o índice subira 2,53% no mês e acumulava elevação de 11,84% em 12 meses.
“Os efeitos da seca e das geadas estão mais evidentes no resultado do índice ao produtor. Entre os bens finais, os preços dos alimentos in natura avançaram 5,12%. Já entre as matérias-primas, os destaques foram as culturas mais afetadas pelo clima como milho (10,03%) e café (13,76%). Afora os preços dos alimentos, os combustíveis e lubrificantes para a produção subiram 3,72% e também contribuíram para a aceleração da inflação ao produtor”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu no período 1,29%, ante uma queda de 0,07% em julho.
Entre os componentes do IPA, o destaque vai para o grupo Matérias-Primas Brutas, que passou a subir 0,55% em agosto, após queda de 1,78% vista no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta a 0,88% no período, de 0,70% em julho. A inflação da Alimentação ganhou ritmo em agosto, com o grupo subindo 1,13%, após registrar alta de 0,45% no mês passado.
Em agosto houve alta de 0,79% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), após avanço de 1,37% no período anterior.
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