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IGP-10 de fevereiro avança 0,23%, revela FGV

Apesar do resultado permanecer dentro das projeções para o mês, a alta foi abaixo do que a registrada em janeiro (0,79%)

O preço que pagamos: a inflação, que há um ano estava em 10% ao ano, caiu para menos de 3% — e há quem diga que essa queda é um exagero (Alexandre Battibugli/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 09h11.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 0,23% em fevereiro, após o aumento de 0,79% registrado em janeiro, informou a Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) nesta quinta-feira, 15.

O resultado agora anunciado ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast que esperavam um avanço de 0,10% a 0,50%, com mediana positiva de 0,32%.

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No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de fevereiro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 0,09% no mês, ante uma elevação de 1,06% em janeiro.

Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram crescimento de 0 57% em fevereiro, após a alta de 0,36% em janeiro. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve aumento de 0,32% em fevereiro, depois de um avanço de 0,08% em janeiro.

O IGP-10 acumulou um aumento de 1,02% no ano. A taxa em 12 meses ficou negativa em 0,42%.

O período de coleta de preços para o indicador de fevereiro foi do dia 11 de janeiro a 10 deste mês. O IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 31 do mês passado, subiu 0,50%.

Principais influências

As famílias gastaram mais em fevereiro com alimentação, educação e transportes, o que pressionou a inflação ao consumidor no IGP-10, informou a FGV.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,57% em fevereiro, após um aumento de 0,36% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de aumento de 0,65% em janeiro para crescimento de 2,01% em fevereiro. O item cursos formais subiu 3,93% este mês, ante uma alta de 1,79% no mês anterior.

Os demais acréscimos ocorreram nos grupos Transportes (de 0,85% para 1,27%), Alimentação (de 0,66% para 0,78%), Vestuário (de -0 27% para 0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0 50%).

Houve influência dos itens tarifa de ônibus urbano (de 0 59% para 1,88%), hortaliças e legumes (de 5,78% para 11,56%), roupas (de -0,50% para 0,14%) e médico, dentista e outros (de 0 87% para 0,91%), respectivamente.

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas em Habitação (de -0,23% para -0,36%), Comunicação (de 0,20% para 0,10%) e Despesas Diversas (de 0,19% para 0,16%), sob impacto dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -2,46% para -3,08%), pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,71% para 0,19%) e alimentos para animais domésticos (de 2,50% para -0,10%).

Material de construção

Os materiais de construção subiram mais em fevereiro, pressionando a inflação do setor dentro do IGP-10. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,32% em fevereiro, após uma elevação de 0,08% em janeiro.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve expansão de 0,71% em fevereiro, ante um aumento de 0,16% registrado no mês anterior. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra ficou estável (0,0%) em fevereiro, depois da leve alta de 0,02% em janeiro.

IPAs

Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola recuaram 1,00% no atacado em fevereiro, após um aumento de 0,74% em janeiro, dentro do IGP-10. Já os preços dos produtos industriais, que são mensurados pelo IPA Industrial, tiveram alta de 0,45% este mês, após o avanço de 1,17% no atacado em janeiro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,46% em fevereiro, ante uma elevação de 0,74% em janeiro.

Os preços dos bens intermediários tiveram avanço de 1,06% em fevereiro, após alta de 0,68% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram recuo de 0,40%, depois do aumento de 1,95% em janeiro.

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