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Ideia é não ter controlador na Eletrobras, diz Meirelles

Segundo o ministro, a ideia não é oferecer o bloco de controle a um único comprador e sim as ações de forma pulverizada aos investidores

Meirelles: a privatização resultaria em controle privado da Eletrobras, mas sem um acionista majoritário único (Wilson Dias/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 14h25.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a ideia do governo é pulverizar as ações da Eletrobras no processo de privatização anunciado nesta semana. Segundo o ministro, a ideia não é oferecer o bloco de controle atualmente com o governo a um único comprador e sim oferecer as ações de forma pulverizada aos investidores. "A ideia é não ter um controlador na Eletrobras. A princípio, é uma pulverização que diminua a participação da União", disse após cerimônia no Palácio do Planalto.

Questionado sobre eventual impacto fiscal no processo de descotização do setor elétrico - mudança do sistema de precificação da energia nas geradoras e que pode gerar pagamento de outorgas ao governo -, o ministro da Fazenda admitiu que a opção pode gerar impacto positivo nas contas públicas, o que poderia aliviar o déficit registrado atualmente. "A descotização pode gerar uma receita fiscal importante", disse o ministro.

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Apesar de indicar um modelo para a venda da empresa estatal, o ministro nota que a escolha ainda não foi oficializada, já que o governo apresenta as opções e caberá ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Com esse modelo citado pelo ministro da Fazenda, a privatização resultaria em controle privado da Eletrobras, mas sem um acionista majoritário único. O modelo é observado em algumas empresas privadas que têm a gestão definida pelo Conselho de Administração.

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