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Média móvel mostra ritmo menor da indústria, diz IBGE

Houve retração de 0,7% na Média Móvel Trimestral, o primeiro resultado negativo desde o final do ano passado

Trabalhador da indústria: segundo o pesquisador do IBGE, julho foi um mês marcado por paralisações no ritmo de produção, mas descarta relações com as manifestações  (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 10h54.

Rio de Janeiro - A queda na produção industrial no mês de julho produziu uma retração de 0,7% na Média Móvel Trimestral, principal indicador da tendência da atividade na indústria , segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o primeiro resultado negativo desde o final do ano passado, em dezembro. O resultado anula parte da alta acumulada no período, de 1,8%.

De acordo com o coordenador da pesquisa do IBGE, André Luiz Macedo, a indústria nacional opera 3,6% abaixo do seu pico de capacidade, registrado em maio de 2011. "Nos últimos três meses há claramente uma diminuição no ritmo de produção industrial", disse Macedo.

O pesquisador ressalta, entretanto, que o indicador está acima do patamar registrado no último ano. "A gente pode discutir o ritmo da produção industrial, e a volatilidade que vem registrando no mês a mês, mas ela registra uma atividade acima do patamar de 2012."

Segundo o pesquisador, julho foi um mês marcado por paralisações no ritmo de produção, mas descarta relações com as manifestações verificadas em diversas cidades brasileiras no período. "Não temos como mensurar os efeitos de manifestações. O que observamos é que afetou momentaneamente em um ou dois dias a chegada de peças e componentes, mas que poderia ser recuperado em outro momento."

A razão da diminuição no ritmo seria uma adequação dos estoques, que registravam níveis altos em diversos segmentos. O principal deles, o setor de veículos automotores, se refere tanto a bens de capital, no caso dos caminhões, quanto a bens de consumo duráveis, como os automóveis. O setor teve queda de 5,4% na produção em julho, ante alta de 1,8% em junho.

"O setor não define sozinho o ritmo da produção industrial, que é mais definido pelo comportamento de bens intermediários. Mas a volatilidade registrada nos últimos meses pode ser explicada pela oscilação da produção de veículos automotores", avalia Macedo. Outros setores que tiveram redução na produção para equilibrar os estoques, segundo o pesquisador, foram os setores de celulose, máquinas de equipamentos e eletrodomésticos.

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De acordo com o coordenador da pesquisa do IBGE, André Luiz Macedo, a indústria nacional opera 3,6% abaixo do seu pico de capacidade, registrado em maio de 2011. "Nos últimos três meses há claramente uma diminuição no ritmo de produção industrial", disse Macedo.

O pesquisador ressalta, entretanto, que o indicador está acima do patamar registrado no último ano. "A gente pode discutir o ritmo da produção industrial, e a volatilidade que vem registrando no mês a mês, mas ela registra uma atividade acima do patamar de 2012."

Segundo o pesquisador, julho foi um mês marcado por paralisações no ritmo de produção, mas descarta relações com as manifestações verificadas em diversas cidades brasileiras no período. "Não temos como mensurar os efeitos de manifestações. O que observamos é que afetou momentaneamente em um ou dois dias a chegada de peças e componentes, mas que poderia ser recuperado em outro momento."

A razão da diminuição no ritmo seria uma adequação dos estoques, que registravam níveis altos em diversos segmentos. O principal deles, o setor de veículos automotores, se refere tanto a bens de capital, no caso dos caminhões, quanto a bens de consumo duráveis, como os automóveis. O setor teve queda de 5,4% na produção em julho, ante alta de 1,8% em junho.

"O setor não define sozinho o ritmo da produção industrial, que é mais definido pelo comportamento de bens intermediários. Mas a volatilidade registrada nos últimos meses pode ser explicada pela oscilação da produção de veículos automotores", avalia Macedo. Outros setores que tiveram redução na produção para equilibrar os estoques, segundo o pesquisador, foram os setores de celulose, máquinas de equipamentos e eletrodomésticos.

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