Economia

IBGE liga quedas anuais na renda real ao aumento da inflação

Uma sequência tão grande de recuos não era vista desde os anos de 2003 e 2004, quando a renda encolheu em termos reais por 16 meses consecutivos


	Inflação: em 12 meses até julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumulou alta de 9,81%, de acordo com o órgão
 (spijker/Creative Commons)

Inflação: em 12 meses até julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumulou alta de 9,81%, de acordo com o órgão (spijker/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 13h16.

Rio - A queda de 2,4% no rendimento médio dos trabalhadores em julho ante igual mês do ano passado foi a sexta seguida nesse tipo de confronto, informou nesta quinta-feira, 20, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma sequência tão grande de recuos não era vista desde os anos de 2003 e 2004, quando a renda encolheu em termos reais por 16 meses consecutivos.

"Essa sequência que vemos agora está fundamentalmente ligada à aceleração da inflação e, em alguns meses, temos percebido queda no rendimento nominal. Mas não foi o caso desta vez", explicou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. Em julho, o rendimento avançou 7,5% em termos nominais ante igual período do ano passado.

Em 12 meses até julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é empregado para deflacionar os indicadores de renda da Pesquisa Mensal de Emprego, acumulou alta de 9,81%, de acordo com o órgão. O indicador mensura a movimentação de preços percebida pelas famílias com renda mensal até cinco salários mínimos.

Entre os setores, as quedas mais intensas na renda, no interanual, ocorreram na construção (-9,6%), na indústria (-3,7%), no comércio (-3,6%) e nos serviços prestados às empresas (-3,3%).

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