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IBGE diz que 10,5 mi trabalham na produção para próprio consumo

Número equivale a 6,3% de toda a população de 166,7 milhões de pessoas em idade de trabalhar

IBGE: homens eram maioria na produção para o próprio consumo (GlobalMouser via Photopin/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 11h08.

Rio de Janeiro - Em 2016, o país tinha 10,5 milhões de brasileiros trabalhando na produção de bens para consumo próprio.

O montante equivale a 6,3% de toda a população de 166,7 milhões de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais de idade.

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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Outras Formas de Trabalho, referente a 2016.

Entre os que realizaram algum tipo de trabalho na produção de bens para uso exclusivo de moradores do domicílio ou de parentes, 77,6% declararam atuar no cultivo agrícola, pesca, caça ou criação de animais.

Outras formas de trabalho pesquisadas foram a produção de carvão, corte ou coleta e lenha, palha ou outro material (com 17,3% de adesão), fabricação de calçados, roupas, móveis, cerâmicas, alimentos ou outros produtos (11,6%), e construção de prédio, cômodo, poço ou outras obras de construção (7,0%).

Os homens eram maioria na produção para o próprio consumo, mas com apenas ligeira vantagem entre as mulheres, 51,9% ou 5,5 milhões de pessoas.

Os mais velhos eram mais ativos nesse tipo de produção: 46,1% tinham 50 anos ou mais, enquanto 42,7% tinham idade entre 25 a 49 anos. Apenas 11,2% desses trabalhadores tinham de 14 a 24 anos.

Quase metade das pessoas que produziam para o próprio consumo (48,8%) estava também empregada no mercado de trabalho.

Entre os homens, essa proporção alcançava 61,7%, ante 35,0% das mulheres. O porcentual de pessoas ocupadas na produção para o próprio consumo foi majoritário nas Regiões Norte (59,6%), Sul (57,3%) e Centro-Oeste (52,9%).

Trabalho voluntário

O Brasil tinha 6,5 milhões de pessoas realizando trabalho voluntário em 2016, o equivalente a 3,9% da população com 14 anos de idade ou mais, segundo a pesquisa do IBGE.

A taxa de realização de trabalho voluntário foi maior entre as mulheres (4,6%) do que entre os homens (3,1%). A região do Brasil com maior proporção de voluntários era o Norte, onde 5,6% das pessoas faziam algum trabalho desse tipo.

"No Norte tem muita questão ambiental, talvez tenha mais projetos. Mas pode ser igreja também. Se eu ajudo num mutirão do meu vizinho, também é trabalho voluntário", lembrou Alessandra Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A menor incidência de trabalho voluntário foi no Nordeste, apenas 3,0% da população local, seguido pelo Sudeste, com 3,7% de voluntários entre as pessoas com 14 anos ou mais.

A maioria dos voluntários (91,5% deles) atuou através de uma empresa, organização ou instituição, sendo que 81,5% das pessoas que realizaram trabalho voluntário o faziam em congregação religiosa, sindicato, condomínio, partido político, escola, hospital ou asilo.

As pessoas ocupadas realizavam mais trabalho voluntário do que as que não trabalhavam. Enquanto 4,2% dos trabalhadores ocupados realizavam trabalho voluntário, entre os não ocupados essa proporção caía a 3,6% em 2016.

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