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IBGE aponta desconcentração na economia brasileira

O Estado de São Paulo ainda detinha a maior participação na renda gerada no País (32,1%), mas perdeu 0,5 ponto porcentual

Dinheiro: um conjunto de 22 Estados na ponta de baixo da tabela passaram a responder por 35,1% da economia (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h56.

Rio - Os resultados das Contas Regionais de 2012 mostram que há uma desconcentração, ainda que lenta, na economia brasileira . De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), o Estado de São Paulo ainda detinha a maior participação na renda gerada no País (32,1%), mas perdeu 0,5 ponto porcentual.

Já um conjunto de 22 Estados na ponta de baixo da tabela passaram a responder por 35,1% da economia brasileira em 2012 - 0,3 ponto porcentual a mais do que em 2011.

"Existe uma movimentação, mesmo que seja um pouco lenta, de desconcentração no Brasil. Há um ganho de participação desses estados menores, seja por essa política de proteção social e redução da miséria, ou pelo avanço das classes consumidoras, a denominada classe C, que têm alavancando economia desses Estados fora do eixo mais industrializado. Há também o avanço da agropecuária no Centro-Oeste. São Estados que têm atraído uma agropecuária mais competitiva, um pouco mais robusta", descreveu o gerente de Contas Regionais do IBGE, Frederico Cunha.

"São Paulo é uma locomotiva grande, mas quando ele não está puxando, os 22 saem do trem e vão empurrando", acrescentou.

O grupo do 2º ao 5º colocado (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) também ganhou participação na passagem de 2011 para 2012, passando de 32,6% para 32,8%.

"Cada um dos dois grupos cabia dentro de São Paulo em 2002, mas agora não mais", disse Cunha. Segundo ele, há um claro crescimento da participação dos Estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste na economia do País.

Menor participação da indústria

A indústria de transformação perdeu participação na renda gerada no Brasil em 2012, de 14,6% para 13,0%, o que ajudou a reduzir a contribuição de São Paulo para o PIB do País, explicou o gerente do IBGE.

Em 2012, o Estado respondia por 40,8% da indústria de transformação brasileira - 1 ponto porcentual a menos do que em 2011 e 2,7 pontos a menos do que em 2002.

"Uma parte é perdida em função da distribuição econômica do Brasil, em que outros Estados vêm ganhando, e outra parte devido a migrações na distribuição econômica, com indústrias saindo de São Paulo", explicou Cunha.

O Amazonas, também com grande participação de indústrias de transformação, foi outro afetado. A fatia do Estado na economia brasileira passou a 1,5%, cerca de 0,1 ponto porcentual e menor do que em 2011.

Os resultados das Contas Regionais ainda não são definitivos, disse o gerente, pois os dados são compilados a partir das Contas Nacionais Trimestrais.

Desde 2010 esse procedimento foi adotado pelo IBGE, que deve divulgar as novas séries definitivas quando o Sistema de Contas Nacionais for atualizado a partir de novas recomendações internacionais - o que está previsto para o primeiro trimestre de 2015.

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Rio - Os resultados das Contas Regionais de 2012 mostram que há uma desconcentração, ainda que lenta, na economia brasileira . De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), o Estado de São Paulo ainda detinha a maior participação na renda gerada no País (32,1%), mas perdeu 0,5 ponto porcentual.

Já um conjunto de 22 Estados na ponta de baixo da tabela passaram a responder por 35,1% da economia brasileira em 2012 - 0,3 ponto porcentual a mais do que em 2011.

"Existe uma movimentação, mesmo que seja um pouco lenta, de desconcentração no Brasil. Há um ganho de participação desses estados menores, seja por essa política de proteção social e redução da miséria, ou pelo avanço das classes consumidoras, a denominada classe C, que têm alavancando economia desses Estados fora do eixo mais industrializado. Há também o avanço da agropecuária no Centro-Oeste. São Estados que têm atraído uma agropecuária mais competitiva, um pouco mais robusta", descreveu o gerente de Contas Regionais do IBGE, Frederico Cunha.

"São Paulo é uma locomotiva grande, mas quando ele não está puxando, os 22 saem do trem e vão empurrando", acrescentou.

O grupo do 2º ao 5º colocado (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) também ganhou participação na passagem de 2011 para 2012, passando de 32,6% para 32,8%.

"Cada um dos dois grupos cabia dentro de São Paulo em 2002, mas agora não mais", disse Cunha. Segundo ele, há um claro crescimento da participação dos Estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste na economia do País.

Menor participação da indústria

A indústria de transformação perdeu participação na renda gerada no Brasil em 2012, de 14,6% para 13,0%, o que ajudou a reduzir a contribuição de São Paulo para o PIB do País, explicou o gerente do IBGE.

Em 2012, o Estado respondia por 40,8% da indústria de transformação brasileira - 1 ponto porcentual a menos do que em 2011 e 2,7 pontos a menos do que em 2002.

"Uma parte é perdida em função da distribuição econômica do Brasil, em que outros Estados vêm ganhando, e outra parte devido a migrações na distribuição econômica, com indústrias saindo de São Paulo", explicou Cunha.

O Amazonas, também com grande participação de indústrias de transformação, foi outro afetado. A fatia do Estado na economia brasileira passou a 1,5%, cerca de 0,1 ponto porcentual e menor do que em 2011.

Os resultados das Contas Regionais ainda não são definitivos, disse o gerente, pois os dados são compilados a partir das Contas Nacionais Trimestrais.

Desde 2010 esse procedimento foi adotado pelo IBGE, que deve divulgar as novas séries definitivas quando o Sistema de Contas Nacionais for atualizado a partir de novas recomendações internacionais - o que está previsto para o primeiro trimestre de 2015.

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