Economia

Ibama inicia análise de estudos sobre nova hidrelétrica em Rondônia

O próximo passo é a realização de audiências públicas junto às comunidades da região sobre o impacto ambiental e social da instalação

Usina hidrelétrica: governo pretende instalar uma estação de geração de energia no estado de Rondônia (Cemig/Divulgação)

Usina hidrelétrica: governo pretende instalar uma estação de geração de energia no estado de Rondônia (Cemig/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 17h28.

O órgão ambiental federal Ibama recebeu de um grupo de empresas que inclui a estatal Eletrobras uma nova versão de estudos sobre os impactos de uma nova hidrelétrica prevista para implementação na Amazônia, a usina de Tabajara, em Rondônia.

Os estudos são parte do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, que agora terá como próximo passo a realização de audiências públicas para discussão do projeto junto às comunidades situadas em sua área de influência, disse o Ibama em nota à Reuters.

A usina, que terá 400 megawatts em potência instalada, deve ser instalada no rio Ji-Paraná, com parte do reservatório ocupando área que chegou a ser definida anteriormente como parte do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, segundo o relatório de impacto ambiental (Rima) disponibilizado pelo Ibama.

O processo de licenciamento do empreendimento só teve início de fato após promulgação de lei em 2012 que redefiniu os limites do parque, uma unidade de conservação integral, ampliando a reserva em 90 mil hectares e excluindo dela área que iria se sobrepor ao lago da usina, ainda de acordo com o documento.

O investimento previsto em Tabajara é da ordem de 3,8 bilhões de reais, sendo que as obras devem concentrar mais de 3,5 mil trabalhadores durante o pico da fase de construção, apontou o estudo.

As obras e o lago não vão interferir diretamente em terras indígenas, segundo o relatório, que aponta que a distância do local da barragem e do canteiro em relação ao limite sul da terra indígena mais próxima, de Tenharim/Marmelos, é de 12 quilômetros.

O final de um dos braços do lado da hidrelétrica, no entanto, ficará a cerca de 350 metros do limite sul da região ocupada pelos indígenas, sem adentrá-la, apontou o Rima.

Os documentos do processo de licenciamento foram apresentados ao Ibama por grupo formado pelas elétricas Furnas e Eletronorte, da Eletrobras, e a italiana Enel, além da construtora Queiroz Galvão e das consultorias PCE e JPG.

Caso a hidrelétrica obtenha licença ambiental prévia, poderá ter a concessão oferecida a investidores em leilões realizados pelo governo federal para a viabilização de novas usinas de geração de energia.

Acompanhe tudo sobre:HidrelétricasIbamaRondônia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor