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Haddad prega respeito à institucionalidade e à autonomia do BC

Ao afirmar que não "controla" o BC, Haddad ressaltou a necessidade de se "harmonizar" as políticas fiscal e monetária

Fernando Haddad: Eu não tenho que estar satisfeito ou insatisfeito, tenho que trabalhar com o Banco Central" (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 18h52.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou nesta quinta-feira, 12, que não tem que estar satisfeito ou insatisfeito com o Banco Central, mas respeitar a autonomia da autoridade monetária.

Ao afirmar que não "controla" o BC, Haddad ressaltou a necessidade de se "harmonizar" as políticas fiscal e monetária e disse que esse processo é uma "coreografia" que o governo está aprendendo a fazer, já que a autonomia da autarquia é relativamente recente, aprovada em 2021.

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"Eu não tenho que estar satisfeito ou insatisfeito, tenho que trabalhar com o Banco Central, respeitar a institucionalidade, a autonomia do Banco Central", disse o ministro da Fazenda.

Haddad também afirmou não acreditar que exista política fiscal e política monetária de forma separada. "Existe política econômica. Essas políticas precisam se harmonizar."

Ele apresentou no período da tarde uma série de medidas econômicas para reduzir o déficit primário do governo. Segundo ele, qualquer decisão do BC impacta a receita "para o bem e para o mal".

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Haddad disse ainda que a decisão do governo sobre a desoneração de PIS/Cofins sobre combustíveis, prorrogada por 60 dias no caso da gasolina, é um exemplo de medida que depende da leitura da carta do BC que justifica o estouro da meta de inflação no ano passado, divulgada na terça-feira, 10.

"Também tem a ver com a conversa com a autoridade monetária, à luz também da carta de descumprimento da meta de inflação pelo segundo ano consecutivo. Queremos entender o que a autoridade monetária, que tem autonomia, está considerando para essa questão", afirmou o ministro.

Haddad disse também que as medidas anunciadas nesta quinta para reduzir o déficit primário são uma carta para o BC. "Vamos trocando cartas", declarou o ministro da Fazenda.

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